Em que medida é que a vinda de mais uma frota de grandes veleiros contribuirá para a divulgação do município?
A decisão de realizar o “Ílhavo Sea Festival”, que vai ter lugar de 3 a 6 de Agosto, no Terminal Norte do Porto de Aveiro e no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, surge, sobretudo, da feliz coincidência de, este ano, se comemorar o 75.o aniversário do Museu Marítimo de Ílhavo e de a “Tall Ships Race 2012” se realizar nesta área da Europa, o que significava uma oportunidade que não poderíamos perder, sobretudo, após o grande sucesso alcançado pela vinda dos Tall Ships ao município de Ílhavo, em 2008.
Considero que a realização deste festival náutico representa mais um importante passo na divulgação e afirmação, nacional e internacional, do município de Ílhavo, nomeadamente, da sua história marinheira, mas, em especial, da sua efectiva vocação marítima, seja ao nível da pesca, seja ao nível da náutica de recreio, seja ao nível de outras actividades económicas, em especial do turismo, que tenham o oceano e a Ria de Aveiro como pano de fundo.

E o que levou a autarquia a considerar que o evento de 2008 foi um sucesso?
Duas razões principais. Em primeiro lugar, porque marcou a nossa entrada formal no grande e importante universo dos Tall Ships, onde se encontram alguns dos maiores e mais deslumbrantes veleiros do mundo, entre os quais a Sagres ou o Santa Maria Manuela e o Creoula que, este ano, comemoram, também, os seus 75 anos de vida, e que estarão presentes no festival, concretizando uma política de promoção nesta área devidamente planeada e estruturada.
Em segundo lugar, porque a elevada qualidade do trabalho que efectuámos na preparação e realização da iniciativa foi reconhecida por toda a gente, do público às tripulações, dos vários parceiros à própria STI (Sail Training International), entidade responsável pelas “Tall Ships Races” e sempre com um elevadíssimo grau de exigência na avaliação destes eventos.
Foi muito gratificante ter obtido a classificação de excelente e de, ainda hoje, sempre que estamos presentes em iniciativas da STI, os momentos passados pela organização e pelas tripulações dos veleiros, durante os dias da regata de 2008, serem recordados com muita saudade.

Qual o retorno que advirá da realização deste festival?
O retorno deste tipo de investimento pode ser analisado numa perspectiva imediata e de médio/longo prazo. Em 2008, para além do reconhecimento do nosso trabalho e das enormes potencialidades do município de Ílhavo e da nossa região para este tipo de actividade, e da sua divulgação no mundo inteiro, foi muito importante, para a economia local, termos tido, durante aqueles dias, cerca de 350 mil visitantes, 21 veleiros ou 1.500 tripulantes.
Apesar de o evento deste ano apresentar diferenças, pois não é uma regata, mas sim um festival, contamos, também por isso, com um número, igualmente, muito elevado de visitantes, o que vai constituir uma excelente oportunidade para o comércio, para a restauração, para a hotelaria, e para muitas outras áreas de negócio que irão beneficiar no imediato, cumprindo, assim, a Câmara Municipal o seu papel de impulsionadora e dinamizadora da economia, sobretudo, da economia local.
Contudo, este tipo de iniciativa é, sobretudo, fundamental para a consolidação do nosso posicionamento e para uma divulgação mais alargada, constituindo, seguramente, um momento de capital importância para a afirmação nacional do município de Ílhavo, mas igualmente internacional, enquanto terra marinheira, que tem “O Mar por Tradição”, que, durante décadas, viveu do mar, e que continuará, no futuro, a ter no mar e no turismo duas das suas principais alavancas para o crescimento e desenvolvimento.