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13-07-2012

Presidente da Junta de S. Jacinto em entrevista: “Faz todo o sentido construir a ponte”



Está a cumprir o seu primeiro mandato como presidente da Junta de Freguesia de S. Jacinto. Como é que tem avaliado esta experiência?
Tem uma experiência muito boa, muito enriquecedora. Permite-me dar um retorno daquilo que São Jacinto me deu e fazer algo pela minha comunidade.

S. Jacinto sempre foi uma freguesia peculiar por estar separada da sede do concelho pela Ria. Sente que continua a ser a freguesia mais afastada do centro do município?
Inevitavelmente. No entanto, também tem as suas mais-valias, aquilo que a faz diferente. O facto de estarmos longe coloca-nos alguns constrangimentos, nas deslocações à sede do concelho.
Há falta de emprego na freguesia, as crianças e os jovens também têm de vir estudar para Aveiro, mas tudo se ultrapassa. E estar isolado também traz vantagens: vivemos em comunidade, num local onde ainda podemos deixar os nossos filhos a brincar na rua, com praia e Ria e uma paisagem fantástica.

O ferry-boat esteve parado durante muito tempo. Isso causou muitos transtornos à população da freguesia?
Claro que sim. Ficámos privados do único transporte público que temos. Ficaram as lanchas a funcionar, mas não é a mesma coisa, não nos permite o transporte das viaturas. Lutámos pelo ferry-boat durante muitos anos e temos aquilo a que temos direito.
A volta por terra são cerca de 50 quilómetros para cada lado e, além de encarecer bastante as deslocações, é o transtorno de quase uma hora de viagem para chegarmos à sede do concelho. O ideal seria que o ferry nunca parasse, mas sabemos que ele tem de ser sujeito a reparações e vistorias.

Um segundo ferry é mesmo necessário?
Será necessário precisamente para evitar que a população fique privada deste transporte quando um deles está parado. Uma das razões que me leva a defender um segundo ferry tem também a ver com o facto de termos de almejar um pouco mais. Se estamos a trabalhar para tornar São Jacinto um local ainda mais apelativo é com o objectivo de virmos a ter mais visitantes. E um segundo ferry fará todo o sentido, para termos mais carreiras.

Acredita que a sua aquisição será, efectivamente, concretizada?
Tenho que acreditar que sim. Sabemos que os tempos são difíceis, mas estou com esperanças que a aquisição de um segundo ferry será uma realidade. É uma necessidade para a freguesia.
Este ferry foi comprado já usado e foi concebido para transportar apenas 21 passageiros em lugares abrigados e sentados. E é uma capacidade claramente insuficiente para a massa humana que se faz transportar nas horas de ponta. O segundo ferry irá permitir levar mais pessoas sentadas e abrigadas, uma vez que isso já estará assegurado aquando da aquisição.

O horário dos transportes fluviais satisfaz?
O ideal seria haver mais carreiras. Agora, temos de perceber que, este ano, houve um decréscimo de passageiros, fruto dos tempos que vivemos.

Esse decréscimo não terá a ver com os preços praticados, considerados elevados por muitas pessoas?
O preço foi o estipulado pela MoveAveiro. Nós achamos que é caro, uma vez que uma família de cinco pessoas gasta 10 euros numa ida, e a ida e volta fica em 20 euros. Gostaríamos que os preços fossem mais baixos, mas para isso teríamos de aumentar o número de passageiros. A MoveAveiro tem algum prejuízo com os transportes fluviais e este aumento de preços teve como objectivo minimizar os custos por passageiro.
Contudo, devemos ressalvar que há uma discriminação positiva para os residentes em São Jacinto, que pagam um valor mais reduzido pelos bilhetes. É uma discriminação justa uma vez que nós dependemos dos transportes para viver e não para fazer turismo. Também se pode argumentar que há pessoas em São Jacinto que dependem do turismo para viver – e isso é um facto -, como tal seria desejável que os preços também fossem mais baratos para quem vem visitar S. Jacinto.

A luta em torno da construção de uma ponte já está esquecida?
Não está esquecida. Acho até que cada vez faz mais sentido. Há uns anos, eu não defendia a construção da ponte, mas hoje defendo. Temos de ter em conta que, há 20 anos, S. Jacinto era quase auto-suficiente. Os estaleiros estavam a laborar e as pessoas conseguiam viver e trabalhar na freguesia. Portanto, a necessidade da ponte podia ser posta em causa.
Mas, neste momento, a ponte faz muita falta, uma vez que a generalidade das pessoas não trabalha em São Jacinto e tem de fazer as suas deslocações diárias nos transportes fluviais, sujeitas aos horários das carreiras. Importa também não esquecer que, com o fecho das urgências hospitalares de Estarreja, ficámos muito mais longe de uma urgência hospitalar. Portanto, faz todo o sentido construir a ponte.


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