A Câmara de Aveiro pediu ao administrador da massa falida da empresa que construiu um prédio na Avenida Dr. Lourenço Peixinho que proceda à demolição dos andares ilegais, revelou Élio Maia. “Já notificámos a comissão liquidatária”, disse o presidente da Câmara na última reunião do executivo municipal, quinta-feira à noite, após ter sido interpelado sobre o assunto pelo vereador socialista João Sousa, que exortou a edilidade a “agir para repor a legalidade”.
O autarca da coligação PSD/CDS defende a “reposição intransigente de toda a legalidade”, lembrando que a obra foi embargada mal se detectaram as irregularidades na construção. Por outro lado, o processo não pode implicar encargos adicionais para o município, acrescentou.
Na reunião da vereação, João Sousa questionou ainda a maioria sobre a construção da ponte pedonal entre o Rossio e o Alboi, intervenção parada após a desistência da empresa construtora. A zona da obra está em “abandono total”. “A cidade merece uma sala de visitas melhor”, afirmou o porta-voz do PS. Nos últimos dias “não houve nenhuma evolução digna de registo”, respondeu Élio Maia.
O socialista levou outras preocupações à reunião camarária. Uma delas é a situação no Hospital de Aveiro devido aos concursos para o quadro de médicos, que, na opinião do vereador, discrimina a unidade de saúde local “com consequências ao nível da prestação dos cuidados à população”. “A Câmara fez alguma diligência?”, interrogou. Élio Maia revelou que recentemente representantes da autarquia estiveram reunidos com a administração hospitalar e essa questão não foi mencionada.
João Sousa abordou, por outro lado, a instalação do comando distrital da PSP no antigo edifício do Governo Civil, sugerindo que o imóvel deveria acolher o Tribunal do Trabalho, que funciona em “condições precárias há mais de 20 anos”.
Ana Vitória Neves, eleita pela coligação PSD/CDS mas entretanto privada da confiança política de Élio Maia, interpelou a maioria sobre a redução dos cargos de chefia na Câmara. O líder do município adiantou que o mapa de chefias já foi encurtado até 30 de Junho (menos seis), acrescentando que os cortes deverão prosseguir até final do ano. A edilidade aguarda a publicação de legislação sobre a matéria, mas estima-se que nos próximos meses 50 por cento das chefias tenham de ser eliminadas.
A socialista Marília Martins, por sua vez, pediu mais cuidado na elaboração dos folhetos informativos do Teatro Aveirense após detectar algumas gralhas em datas ou traduções. A vereadora da cultura, Maria da Luz Nolasco, prometeu estar atenta.
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