No dia em que se assinala em Portugal o “Dia dos Serviços Prisionais” o Padre João Gonçalves volta ao tema da “invisibilidade dos presos”.
“Os presos estão presos, estão para além de paredes, de luz, para além de grades e portanto tornam-se pessoas invisíveis. Nós costumamos dizer que 'quem não é visto não é lembrado', que é uma coisa gravíssima porque um recluso, uma pessoa que está presa, que está detida, é alguém que continua a fazer parte da nossa sociedade. A invisibilidade das pessoas presas pode gerar um esquecimento destas mesmas pessoas. Como todos sabemos, felizmente, em Portugal, não temos nem prisão perpétua nem temos pena de morte, alguém que entra na prisão é alguém que vai sair da prisão, tarde ou cedo, mas vai sair. Dizem os poetas que 'morrer é deixar de ser visto', nós não podemos matar as pessoas antes que elas morram portanto temos de todos estar atentos para que ninguém morra antes que morra”.
O apelo do capelão do Estabelecimento Prisional de Aveiro no dia em que as atenção estão viradas para dentro das prisões.
A data é a comemoração da criação do Sindicato dos Guardas Prisionais. |