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22-06-2012

O capitão pô-los a cantar



uma outra maneira, forma ou vivência, como preferirem, de ver um jogo de futebol: no restaurante, com muita cerveja e toda a fé deste mundo para que a equipa triunfe e justifique brindes do copo mais à mão.
No restaurante “Onda Verde”, em Aveiro, a festa começou cedo, uma hora antes do início do jogo de Portugal frente à República Checa. Os cânticos foram sendo entoados, como se tratasse de uma espécie de afinação para o momento mais aguardado.
A emoção atinge o ponto mais alto no momento em que se entoou, lá na longínqua Varsóvia, o hino português. “Pele de galinha”, com o cantar a plenos pulmões e alguns com a mão direita colada ao coração.
Não havia mais tempo a perder, porque o jogo estava a começar. As cadeiras pareciam ter picos, algo que impedia o sentar quieto enquanto decorriam as primeiras incidências da partida. “Há meia-hora que estou seco”, gritava-se a pedir mais uma cerveja.
Na televisão, Portugal dava mostras de domínio, de intensidade e Cristiano Ronaldo provocou as maiores explosões de júbilo quando rematou, por duas vezes, a bola aos ferros da baliza de Petr Cech. O minuto 58 foi de explosão, com o golo de Hugo Almeida. Ânimos refreados, porque a posição irregular do avançado foi descortinada e o golo anulado. Era o pronúncio de algo.


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