O PCP teme que o Governo esteja a preparar uma nova ofensiva ao Serviço Nacional de Saúde. A região não vai ficar à margem do movimento que pretenderá entregar a privados mais cuidados hospitalares. O esvaziamento de algumas unidades com cortes nos recursos humanos causa receios que ficaram evidentes num debate organizado ontem à noite em Aveiro, conforme deu conta Miguel Viegas, da organização distrital do PCP, que depois de contestar o relatório que defende a concentração de serviços adivinha novos prejuízos para a Região de Aveiro.
“Do nosso ponto de vista esta política vai ter consequências graves. Os registos apontam para diminuição da compra de medicamentos, diminuição da ida às urgências e para aumento de morte de idosos. Não é preciso saber muito de aritmética e receamos que isto não fique por aqui. Há países que registam regressão na esperança de vida”, adverte Miguel Viegas.
O PCP quer mobilizar as populações para que saiam à rua em defesa dos serviços de saúde públicos e avisa para cortes com efeito na região. “Já tínhamos denunciado o relatório que fala em concentração e na prática isso vai-se concretizando. O caso mais agudo é o de Águeda mas Ovar também poderá perder serviços. |