Os comerciantes e proprietários dos terrenos confinantes com a construção da nova Alameda da Cidade de Oliveira do Bairro estão preocupados com o andamento da obra, mormente os transtornos que a mesma provoca. Os comerciantes, após já terem marcado presença numa reunião “privada” e numa Assembleia Municipal, regressaram à última reunião de câmara.
Conceição Mota, proprietária de terrenos confinantes com a Alameda, diz não entender a razão que leva a autarquia a negociar as cedências com o domínio público em plena execução da obra.
Já Rosa Lídia, proprietária da Papelaria Saimeiro, afirma não compreender como é que assinou uma cedência de terreno para a construção de uma ciclovia, estacionamento e passeios e agora vai ser implantada uma ilha ecológica sem que tivesse sido informada.
Ilda Pires, do Hotel Paraíso, mais dura nas críticas, avisou o presidente que a câmara só fecha os acessos às garagens do hotel “por cima do seu cadáver”.
Por seu lado, Carlos Ferreira, da Ourivesaria Paraíso, denunciou que, “sem qualquer aviso, apareceu um caterpillar para levantar o piso em frente à minha loja. Penso que, no mínimo, deviam avisar o que iam fazer”. Aliás, Óscar Damaya, do Hotel Paraíso, afirmou estar “muito preocupado com o andamento da obra, uma vez que estão previstos rebaixamentos, podendo estar em causa a segurança dos hóspedes do hotel”. Por isso, questionou “se não seria aconselhável a Câmara Municipal ter o apoio de uma empresa que possa prestar assessoria ao andamento desta obra, porque os Técnicos Municipais são capazes de necessitar de alguma ajuda”.
Respostas. O presidente da Câmara, Mário João Oliveira, começou por afirmr que presta todos os esclarecimentos, “muito embora possam não ser as respostas que as pessoas gostariam de ouvir”.
Sublinhou que os acessos às garagens junto ao Hotel Paraíso têm merecido a melhor atenção do executivo municipal, acrescentando que relativamente ao acesso pedonal ao hotel já fez chegar uma proposta, pelo que “aguardamos uma resposta em relação a esta situação”.
Recordou que “um dos grandes objetivos da Alameda é eliminar as entradas em rampa, pelo que, dentro de algum tempo, deixarão de existir”.
Relativamente à preocupação de Rosa Lídia, o autarca justificou que o contrato de cedência foi feito com base no projeto da Alameda, que previa a instalação de ilhas ecológicas, argumentando que “algumas alterações ao projeto inicial fizeram mudar as ilhas ecológicas de um lado da estrada para o outro”.
PFC
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