A oposição na Assembleia Municipal não se deu por satisfeita com a redução do passivo de 15 milhões de euros em 2011 e as contas foram aprovadas apenas pela maioria. A única abstenção pertenceu ao eleito do PCP . Filipe Guerra questionou outros compromissos por incluir nas contas. “Dos quais 20 milhões se encontram refletidos no passivo e 30 milhões que constituem responsabilidades futuras. Que responsabilidades são estas?”.
A melhoria de resultados líquidos, de 11 para 3 milhões de euros negativos, é só passar do péssimo para o mau, minimizou o bloquista Ivar Corceiro, fazendo notar o emagrecimento à custa dos cidadãos. “Pagam mais água, para estacionar, pela mobilidade, pela habitação e, em contrapartida, têm mais estradas esburacadas, mais escolas degradadas, menos atividade cultural e menos espaços para desporto”.
Para o socialista Francisco Picado, a dívida está a ser paga também com ativos e sem estratégia de fundo. “Se continuarmos a prosseguir este caminho há-de haver um dia em que não teremos solução para os problemas”.
O vereador Pedro Ferreira negou o recurso a rendas das águas para pagar dívidas em 2011. “Não recebemos qualquer montante em 2011. As verbas recebidas foram duas tranches em 2009 e uma em 2010 prevendo-se no final de 2012 a entrada de 7,5 milhões de euros”.
O autarca com o pelouro das finanças garantiu que há 30 milhões de euros como encargos que correspondem a reembolsos por obras e vendas de terrenos ainda não recebidos. |