O PSD de Ílhavo diz que a governação em tempos de intervenção externa “é exercício complicado” uma vez que é necessário “controlar a despesa sem comprometer a resistência do tecido económico”. A estrutura liderada por Rui Dias assinala o primeiro ano de mandato de Governo de Passos Coelho e diz entender “este tempo como uma oportunidade para transformar a sociedade portuguesa” sublinhando que acredita na “concretização das reformas estruturais” como “via mais eficaz e mais segura para o combate ao desemprego”.
Por entre críticas a quem vendeu ilusões, “como aqueles que prometiam criar 150 mil postos de trabalho como se um Governo, qualquer Governo, dispusesse de uma varinha de condão para fazer milagres em tempos de crise”, a concelhia do PSD diz que “as privatizações têm evidenciado o interesse de investidores internacionais na nossa economia, contribuindo dessa forma para a redução do endividamento público e para a abertura da economia ao exterior permitindo criar um ambiente mais concorrencial com reflexos positivos sobre a competitividade e, em breve, também sobre o emprego”.
Um ano depois da eleição lembra que o PSD e o PP assumiram “em mãos os destinos de um País destroçado pela ambição desmedida de um governante imprudente e insensato, por investimentos megalómanos e irresponsáveis, por uma dívida cuja exata dimensão e consequências ninguém responsavelmente podia avaliar” e acredita que a coligação forma “um compromisso responsável entre políticos e técnicos, experiência e ousadia”, num país que “aprendeu da pior maneira que quanto maior e mais insustentável for a nossa dívida, maior será a nossa dependência dos mercados, maiores serão os sacrifícios para as pagar”.
E nem as sondagens que registam a quebra de popularidade do Governo deixam sinal de alarme junto do PSD de Ílhavo. “Um caminho feito de decisões impopulares e de medidas que lançam dúvidas e inquietações e conduzem, em muitos casos, ao desespero das famílias. Mas o povo sabe que temos razão. E ainda hoje uma sondagem da Universidade Católica para a RTP confirmava o que todos suspeitávamos: 58% dos portugueses acha que ninguém seria capaz de Governar melhor que o PSD num cenário de catástrofe como aquele que herdamos há um ano atrás. Nós também”. |