Paulo Marques anunciou ontem a renúncia à sua candidatura à presidência da comissão concelhia de Aveiro do CDS em nome da “reunificação do partido”. A retirada do deputado municipal deixa caminho livre a Maria José França, que concorrerá sem oposição. Diogo Machado também encarou a hipótese de avançar, mas acabou por se aliar à conselheira nacional dos centristas.
Paulo Marques foi o primeiro a assumir uma candidatura à sucessão de Jorge Greno. “Na base de um novo projecto esteve sempre a vontade de recuperar o tempo perdido”, estancando o “afastamento” de militantes e a “perda de identidade” do partido em Aveiro.
“O partido perdeu protagonismo no panorama político aveirense, levando a que muitos militantes e simpatizantes se afastassem”, concluiu.
“Nunca esteve presente qualquer interesse pessoal ou qualquer outro tipo de intenção, senão renovar o partido e aproximá-lo dos militantes e simpatizantes”, disse ao Diário de Aveiro.
O vogal centrista na Assembleia Municipal denuncia as “disputas pessoais” e “guerras palacianas” nos “últimos anos”, considerando “urgente” a “união” do partido. “Em consciência e para bem dessa unificação, entendo que devo abdicar da minha intenção de candidatura”.
“Se o recuo na minha intenção de candidatura simbolizar um contributo para que as disputas do passado e as guerras palacianas não se voltem a repetir, darei o exemplo, não ficando apenas pelas palavras, mas agindo para que tal união seja possível, lançando, desta forma, as bases para uma renovação do partido em Aveiro”, explica.
Paulo Marques defende um “projecto único” visando a “reunificação do partido”. “Se Maria José França significar essa vontade de união, essa necessidade de que o partido tanto necessita, estarei disponível para apoiar a sua candidatura”, anuncia.
De resto, o deputado municipal entende que o partido “não tem uma dimensão sustentável” para comportar três candidaturas, lembrando que nas últimas eleições votaram apenas “cerca de 100 militantes”.
As eleições estão marcadas para 15 de Junho. Maria José França, membro do Conselho Nacional e da Comissão Política Distrital, anunciou que quer “um CDS motivado e dinâmico, de ideias e renovado, mas que não esquece nunca o seu passado”.
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