A directora da REN, Maria José Clara, manteve, mesmo depois de sujeita a uma acareação com o seu subordinado Andrade Lopes, que nunca recebeu instruções do ex-presidente da empresa, José Penedos, muito menos a favor do sucateiro Manuel Godinho.
“Nunca recebi instruções directas do engenheiro José Penedos. Com ele, só conversas circunstanciais”, disse Maria José Clara, antiga directora da Divisão de Gestor de Mercados da REN e actual diretora-geral da REN, SGPS, que começou a testemunhar ontem no tribunal de Aveiro, no âmbito do processo Face Oculta.
“Também nunca recebi nenhuma instrução do engenheiro Vítor Baptista”, acrescentou, numa alusão ao administrador da REN de quem dependia directamente.
A diretora da REN negou igualmente qualquer conversa telefónica com o seu subordinado, que este invocou em audiência, acerca de supostas pressões do topo da hierarquia. “Seguramente, não teria essas conversas com o engenheiro Andrade Lopes”, assegurou, quando questionada pelo procurador Marques Vidal.