A Câmara de Aveiro está (outra vez) à procura de ideias para a animação do espaço público. Para isso, desencadeou já a segunda edição do concurso “Cá Fora”, que se estreou em 2010 e que tem inscrições abertas até 13 de Julho.
A iniciativa visa “promover o aparecimento de novas ideias a implementar nos espaços públicos existentes no concelho”, explica a autarquia liderada por Élio Maia.
Os projectos apresentados devem destinar-se à “regeneração urbana, à rentabilização e dinamização dos espaços existentes e à sociabilização e convivialidade na comunidade”, devendo “privilegiar os elementos tradicionais” da região.
A “inovação dos projectos” e a sua “mais-valia para as áreas geográficas e respectivas dinâmicas de desenvolvimento local e do município, evidenciando uma estratégia integrada no tecido cultural do território” é o critério mais valorizado.
A iniciativa é aberta à participação individual, em grupo ou de pessoas colectivas, desde que não pertençam à Câmara ou sejam familiares dos jurados.
O concurso de ideias tem um primeiro prémio monetário de 500 euros, ao passo que os segundo e terceiro premiados terão direito a um livre-trânsito de um ano para o Teatro Aveirense e um cheque-prenda para livros. A divulgação dos vencedores será feita até 14 de Setembro.
O júri será constituído por Maria da Luz Nolasco, vereadora da cultura, Emanuel Cunha, diretor do Departamento de Cultura e Turismo, Maria Geraldes, diretora geral da Fundação da Juventude, Daniel Tércio, consultor artístico do Teatro Aveirense, e Joana Quental, professora do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro.
Árvores decoradas
A primeira edição do “Cá Fora”, em 2010, recebeu um total de 10 propostas. A intervenção urbana “Vestir Aveiro”, da autoria do estilista aveirense Celsus, segunda classificada, foi já colocada em prática: na Primavera e no Outono do ano passado, as árvores da Avenida Dr. Lourenço Peixinho e do Rossio foram decoradas com trabalhos feitos por utentes de várias entidades de cariz social do concelho.
A ideia vencedora pertenceu a Gustavo Ramos, de Cacia, com o projecto “Pass(e)adeiras de Aveiro”, que visa a decoração das passadeiras com imagens fotográficas, banda desenhada, esculturas de artistas locais ou jovens criadores.
Também distinguidos foram os projectos “Na Rota das Festas e Romarias da Ria de Aveiro”, de António Gamelas, de Esgueira - que propunha “manter a tradição das gentes de Aveiro em rumar em barcos moliceiros até às grandes festas e romarias” da ria -, e ““Aveirarte”, de Ana Viçoso, de Lisboa, que sugeriu um processo de “troca de conhecimentos artísticos”, uma “espécie de Banco de Cultura onde cada pessoa inscrita poderia ensinar outras, nomeadamente música”.
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