O gerente da "Alquimia do Mar" ilibou de responsabilidade o mestre que manobrava a lancha da sua empresa no acidente de Setembro de 2009 que provocou três mortes, na ria de Aveiro, junto a S. Jacinto. Mário Barbosa foi hoje ouvido como testemunha no julgamento que está a decorrer no Tribunal de Aveiro. Apesar da lancha "Alquimia do Mar" regressar do molhe a cerca de 15 nós, três vezes mais do que é permitido, o empresário não aceita a velocidade excessiva como causa principal. No depoimento, garantiu que a lancha "Vera e Cristiana" seguia "com peso a mais", por força das 13 pessoas a bordo, para além de diverso material, entre lancheiras e canas de pesca que "deveria rondar 200 quilos". O que explica que tenha virado após o embate. Além disso, no momento da colisão, o barco concorrente "navegava contra a mão", colocando-se no caminho do "Alquimia do Mar" que procurava a boia de estibordo. Com o nevoeiro cerrado que estava naquele final de madrugada, com visibilidade escassa, Mário Barbosa disse ainda que o mestre Albino "não deveria ter saído de S. Jacinto". O Tribunal, que ainda tem várias testemunhas por ouvir, agendou uma deslocação ao Centro de Tráfego Marítimo do Porto de Aveiro para 23 de Maio onde serão observados os registos de navegação que permitem reconstituir o acidente. Ambos os mestres das embarcações envolvidas respondem por homicidio por negligência. |