O Beira-Mar sofreu a primeira derrota no Estádio Axa, símbolo máximo da arquitectura portuguesa que levou mesmo o todo-poderoso Barack Obama a distinguir o arquitecto Souto Moura pela obra-prima que se ergueu numa pedreira de Braga. O simbolismo bracarense tinha servido como talismã para a equipa aveirense, que inclusivamente ali havia ganho na época passada, por 3-2.
Verdade seja dita que a exibição “auri-negra”, em grande parte do jogo, merecia outro resultado que não a derrota, mas o remate de Custódio, a uns bons 40 metros, já na segunda parte, deitou por terra o objectivo aveirense, com uma dose elevada de infelicidade de Rui Rego.
A estratégia de Ulisses Morais, até ao momento fatídico, estava a resultar em pleno. A inclusão de André Marques ao lado de Dias; a soberba exibição de Hugo, o regresso de Artur às boas exibições e o bom momento por que passa Balboa serviam de base a uma exibição que enchia o olho aos quase 15 mil espectadores presentes, mais aqueles que seguiam as incidências da partida pela televisão.
Será justo referir que, até aos 20 minutos iniciais, foram os bracarenses que estiveram por cima, com mais tempo de posse bola e a jogarem mais no meio-campo ofensivo. Nuno André Coelho e Alan, sempre na sequência de lances de bola parada, apenas criaram perigo relativo.
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