O Presidente da direcção da CERCIAV, utentes e familiares voltaram à reunião de Câmara, ontem à noite, para exigir o pagamento de subsídios em atraso. Recorde-se que o caso já tinha sido denunciado publicamente quando foram confirmadas dificuldades de pagamento por parte da Autarquia aveirense. Na altura, um particular financiou parte dos salários. Élio Maia continua a pedir “mais algum tempo” à Cooperativa para a Educação e Reabilitação dos Cidadãos Inadaptados de Aveiro para saldar a dívida de perto de 34 mil euros. Fernando Vieira e Élio Maia terão mantido um diálogo aceso devido aos atrasos nos pagamentos e na negociação. Hoje, em declarações à Terra Nova, Fernando Vieira sublinhou que estava a dizer a Élio Maia que, "um mês depois da ultima reunião e como ele não tinha definido o que seria o (curto prazo) para a resolução do problema, a CERCIAV deu um mês de espera, ele, tentou interromper-me, eu não permiti e ele disse que assim, já não ia dizer o que tinha para dizer, tipo birra", tendo adiantado que "tínhamos de sair dali com uma resposta e não admitíamos outro cenário, ele achou que isto era uma ameaça e que não admitia ameaças, assim, a coisa azedou por aí, quando ele fez tensão de se levantar, eu disse que não podia ser, era uma vergonha a forma como a Câmara tratava uma entidade com 36 anos de vida, porque nem explica porque parou de pagar à CERCIAV, bom, então deve demitir-se e disse-lhe isso duas vezes, demita-se", acrescentou Fernando Vieira. A CERCIAV que denuncia ainda atrasos nas verbas do Programa Operacional de Potencial Humano (POPH), "está tudo desbloqueado junto do Instituto de Emprego e do POPH mas, há atrasos, é o reflexo do País e desta conjuntura, por exemplo a nível da Formação Profissional estamos no quinto mês da formação, fazemos os pagamentos mas ainda não recebemos o dinheiro, deveríamos ter recebido 70 mil euros e relativamente à formação profissional do ano passado, temos 80 mil euros a receber e até agora nada, se juntarmos isto tudo, serão à volta de 150 mil euros, mais o da Câmara já são quase 200 mil euros, para nós é muito grave, é uma situação aflitiva e ainda bem que os fornecedores tem compreensão para com a CERCIAV", disse. |