Mário Lino passou o dia a responder ao tribunal de Aveiro, e tem de voltar a 10 de Maio, a pedido do Ministério Público, para esclarecer algumas divergências com o depoimento na fase instrução. Fora da sala de audiência, não fala do julgamento de um processo onde a acusação diz que foi sensível a influências políticas, vindas dos arguidos Armando Vara e Lopes Barreira que estariam a tentar resolver diferendos que o empresário de Ovar Manuel Godinho tinha com a Refer, ao ponto de ficar sem lucrativos contratos de resíduos.
O ex-ministro das Obras Públicas confirmou uma reunião, em 2008, onde o s ucateiro terá dito que era perseguido e abordou o presidente da ferroviária Luís Pardal para atender as queixas.
Recusou, no entanto, que a palavrinha a Manuel Godinho tivesse o pano de fundo dado do Ministério Público. Foi o mote que Tiago Rodrigues Bastos, advogado de Armando Vara precisava para afastar o ex-vice-presidente do BCP das supostas influências.
“Essa circunstância era impossível porque o engenheiro Mário Lino nem sequer sabia que Armando Vara conhecesse Manuel Godinho. O engenheiro Mário Lino não entende que Armando vara tenha esse tipo de influência sobre ele”.
Mário Lino voltaria também a refutar a acusação da sua ex-secretária de Estado, Ana Paula Vitorino, que lhe imputa uma chamada de atenção por a O2, de Manuel Godinho, "ser uma empresa amiga do PS".
Qualquer conversa sobre financiamentos partidários daria logo um conflito grave, garantiu ao tribunal o antigo ministro em resposta ao Procurador da República. |