O Partido Socialista (PS) de Aveiro continua a falar em "desequilibro financeiro estrutural na Câmara de Aveiro". O PS assumiu hoje uma tomada de posição sobre o Relatório de Gestão e Contas de 2011 do Município. O documento foi aprovado pela maioria PSD/CDSPP na reunião de segunda-feira do Executivo e vai transitar para a Assembleia Municipal. A redução do passivo reclamada pela maioria PSD-CDS, de 15 milhões de euros, no último ano, não espelha uma situação financeira melhor, pelo contrário, mantêm-se as nuvens negras a pairar nas finanças municipais evidenciadas já nas contas de 2010. O PS considera que o executivo de Élio Maia continua a braços com indicadores de desequilíbrio estrutural. O Vereador João Sousa não dá crédito à anunciada recuperação financeira até 2016. "Como é possível dizer que a situação melhorou em termos de divida", questionou, adiantando que "em termos de estrutura financeira a situação mantém-se como estava, ou seja, nenhum dos indicadores que se tinham verificado em 2010 foi eliminado em 2011, as deficiências continuam, em termos de Lei, isto levava a que fosse obrigatório a fixação das taxas máximas", disse. "É uma reedição do que se passou no ano passado, porque no ano passado já constatamos isto". A falta de liquidez tem reflexos nos pagamentos, nomeadamente de retribuições sociais da ADSE e até atrasos fiscais de 200 mil euros na MoveAveiro. O quadro de pessoal também continua a crescer, sublinha o PS. "A Câmara tem 49 funcionários a mais, as horas extraordinárias aumentaram, 3.135 e em termos de valor registou-se um aumento de 220, 400 euros, isto denota uma má gestão e em termos de pagamentos em atraso o valor ronda os 35,822 milhões". O PS continua também à espera da revisão do Plano de Saneamento Financeiro para saber onde vai a Câmara buscar 60 milhões de receitas que contava com a concessão do Estádio Municipal. |