Apesar da exposição e venda de artesanato urbano, patente na Loja do Museu da Cidade, ter inicialmente o seu fim agendado para meados do mês, a autarquia decidiu pelo seu prolongamento, tal é a boa receptividade que está a suscitar nos visitantes.
O público que visitou a LAC (Loja de Artesanato Contemporâneo) revelou-se deslumbrado com a variedade de peças, originalidade, qualidade artesanal e, acima de tudo, espírito reinventivo revelado em grande parte dos trabalhos realizados por jovens artistas nacionais. Peças de mobiliário, colares, malas, pregadeiras, blocos, chapéus, peças cerâmicas e de decoração, a variedade é muita e há preços para todas as bolsas.
Assente num conceito de loja ambulante, que pretende aprofundar a divulgação do artesanato contemporâneo numa estreita relação entre o design e o artesanato nacional, esta iniciativa é “assinada” pela Contexto Design, sedeada no Porto, e já levou este projecto a várias cidades do país, divulgando jovens designers e apresentando novos artesãos.
Marcas como Ateier Viana Cabral, Catari, Conta-me histórias, Contexto Design, História de Panos, Laracrafts, Leva-me, Magnólia, Mãos e Art, Mimalho, Rosa Malva, Senhora Carica, Suspainhas e Viaarte estão patentes e podem ser apreciadas a par de outros produtos de artesãos locais como José Augusto, Evaristo Silva, Kim, Fernanda Viana, Audiodecor, Alberta, José Loura, Lodo Concept’s, Javier Oliveira, Vista Alegre, entre outros produtos de merchandising local e publicações, na Loja do Museu da Cidade.
Um espaço que está aberto aos fins de semanas, das 14 às 18 horas, e de segunda a sexta, entre as 9.30 horas e as 18, com pausa de almoço (das 12.30 às 14 horas).

Autarquia quer Loja dinâmica
De acordo com a vereadora da Cultura, “a vinda da LAC traduz uma preocupação da autarquia com a dinamização da Loja do Museu da Cidade e de Aveiro, de forma a atrair públicos diferentes, mas também apostando na dinamização e promoção da arte”. Para Maria da Luz este projecto, em concreto, tem um valor acrescido por se tratar de “um conjunto de trabalhos realizados por jovens talentosos, que não frequentam os tradicionais circuitos comerciais, mas que têm todos sem excepção, um selo de qualidade e originalidade, onde os elementos tradicionais da cultura portuguesa são trabalhados e recreados com arte, imaginação, e design”.
Iniciativas como esta “trazem mais riqueza ao espaço, atraem mais pessoas e colocam Aveiro na rota da arte contemporânea”. Esta iniciativa não “acarreta custos para a autarquia, uma vez que os trabalhos são aqui postos à venda à consignação e grande parte das pessoas que entram na Loja, acabam por visitar o Museu”, disse.
A vereadora quer que este espaço continue a ser dinamizado com a exposição e venda de artigos artesanais – “quem sabe, no Verão, uma iniciativa semelhante mas exclusiva de jovens artesãos e designers de Aveiro” –, mas também com tertúlias, momentos musicais, desfiles de moda, apresentação de produtos ou , até, mostras/provas gastronómicas. “Estamos disponíveis para receber propostas!”, desafiou.