O Partido Comunista Português (PCP) diz que o Orçamento Participativo, em Aveiro, é um “simulacro de democracia”. Para o PCP esta medida de auscultação popular é dirigida para questões menores sem dar ouvidos à população em questões estruturantes. Em declarações ao programa “Canal Central” da Terra Nova, Filipe Guerra salienta que o regulamento deveria prever outro tipo de intervenção. "Isto é fazer de conta que existe a participação popular nas decisões politicas, mas, é uma farsa, porque nas questões realmente essenciais a população não é chamada a participar, mas, para discutir se se deve pintar a parede do cemitério de amarelo ou branco ou se se faz ali um canteiro qualquer, aí a população já é chamada a decidir, é uma falsa democracia que combatemos", disse.

Jorge Greno, do Partido Popular (PP), defende o projeto de Orçamento Participativo. Diz que é um tipo de intervenção que não pode desvirtuar o sistema democrático legitimado, em períodos eleitorais. "A democracia que todos queremos passa por eleições e por dar poder a alguém para executar". "Estas são as regras, a opinião das populações locais é interessante e deve ser ouvida e por vezes podem surgir ideias que quem foi eleito não pensou nelas para um programa eleitoral e pode adopta-las", disse.