Diogo Machado, vice-presidente da comissão concelhia de Aveiro do CDS, rebateu ontem as últimas declarações do socialista Eduardo Feio, que acusou a maioria que governa a autarquia de revelar uma “enorme falta de cultura democrática”.
O líder concelhio do principal partido da oposição denunciou esta semana a “desconsideração permanente” com que a coligação PSD/CDS “lida com o direito da oposição e dos aveirenses a serem cabalmente informados sobre todos os processos desenvolvidos pela Câmara”. Eduardo Feio aludia à “inexistência de esclarecimento” por parte da equipa dirigida por Élio Maia após várias questões colocadas pelos vereadores do PS na última reunião do executivo sobre temas da actualidade municipal.
Perante o silêncio da Câmara, a resposta aos socialistas partiu do vice-presidente centrista. “O PS de Aveiro é risível”, avalia. “Falta de cultura democrática? Esquecem-se que o seu líder foi vice-presidente da Câmara de Aveiro durante oito anos, nos quais nunca - repito, nunca - a Câmara entregou resposta a diversos requerimentos efectuados pela oposição, solicitando os relatórios das inspecções do Tribunal de Contas, Inspecção Geral da Administração do Território, Inspecção Geral de Finanças, etc.”, refere Diogo Machado.
“É de uma desfaçatez própria de quem deve ter aprovado as recentes alterações estatutárias do PS em comissão política, ignorando o congresso”, continua o antigo deputado municipal. Finalizando: “Credibilidade precisa-se, urgentemente”.
Perante a ausência de respostas de Élio Maia às perguntas feitas na última reunião da vereação, o PS anunciou que vai requer uma “informação por escrito, nos termos da lei”, de maneira a que as questões colocadas - sobre a construção da ponte pedonal no canal central e sobre as portagens nas antigas SCUT - fiquem “completamente esclarecidas”.
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