O Beira-Mar ganhou à Académica e para a história fica o resultado. Mas esta podia ser a crónica de uma derrota anunciada, tantas foram as contrariedades sofridas pelos “auri-negros” nos 90 minutos do “derby” da zona Centro, frente à “Briosa”. Mas não… O futebol também se faz de pequenos heróis improváveis e de grandes vitórias que são conquistadas à base de um enorme e inabalável coração e de um sentido de equipa elevado ao extremo.
A lesão grave de Yohan Tavares, o erro de Rui Rego que deu o golo à Académica, e, depois, a expulsão tão justa quanto infantil de Zhang, teriam dado cabo de um Beira-Mar frágil e pouco confiante, como aquele que perdeu em casa com o Nacional há duas semanas atrás, para não se estar aqui a rebuscar derrotas passadas sob o comando técnico do Rui Bento.
Mas este Beira-Mar mostrou outra fibra, outra raça e, sobretudo, outro espírito. A primeira parte foi má para a equipa de Ulisses Morais e em quase tudo. Melhor, quase nada se aproveitou a não ser um quase chapéu de Balboa a Peiser. A Académica soube aproveitar o desnorte aveirense, provocado não só pela falha de Rui Rego, como pela entrada apressada e pressionada de Bura no jogo, como também, pela aposta falhada de Élio a defesa esquerdo.
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