As contas da Câmara de Ílhavo, referentes a 2011, foram esta noite aprovadas por maioria, com os votos favoráveis da bancada do PSD, a abstenção dos deputados socialistas e o vonto contra do PCP, na sessão da Assembleia Municipal.

"Mantém-se um fundo de maneio negativo, as dívidas de curto prazo ultrapassam os 18 milhões de euros, são factos que poderão conduzir a dificuldades de planeamento e gestão financeira, manteve-se o nível elevado de endividamento do município, em valor superior a 30 milhões de euros, pela leitura dos números, parece que a dívida global é superior a 30 milhões mas o Presidente da Câmara refere que o valor consolidado da dívida é de 26 milhões, seria bom que explicasse esta diferença considerável", disse o deputado socialista Pedro Martins, adiantando ainda que "particularmente a dívida de curto prazo e a dívida a fornecedores é grave pelos constrangimentos que daí resultam para o nosso tecido empresarial", referiu.

O líder autárquico ilhavense, Ribau Esteves, retorquiu, referindo que "a verdade é a que vocês quiserem, para mim só existe uma verdade, é a do valor consolidado da dívida, em que se olha para o valor que nós devemos aos outros e o valor que os outros nos devem, pronto, se vocês quiserem que o valor da dívida seja de 30 milhões só por ser um número redondo, tudo bem, para mim é de 26,3 milhões, qual é o vosso interesse em estar aqui a falar disso, qual é a diferença em termos políticos da divida ser de 30 ou 26 milhões", perguntou, "não existe nenhuma diferença em termos políticos, em termos matemáticos existe uma diferença, mas, em termos políticos não há diferença nenhuma, digam o que quiserem, a conta está absolutamente explicada", disse.