O Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu defendeu hoje na Gafanha da Nazaré o desenvolvimento de projectos e "experiências" que visem um melhor e "mais eficaz" controlo do preço do pescado, na venda ao consumidor final.

"Toda a cadeia, desde a produção à distribuição ao consumidor, tem de ser equacionada, o Ministério tem neste momento uma plataforma que está a trabalhar com os produtos agrícolas, mas que se poderá direccionar para as pescas e algo que vamos disponibilizar através de sites, que dão informação da actividade da pesca, é o preço que é pago aos produtores para que o consumidor saiba qual foi o valor que o pescador recebeu inicialmente", sublinhando que "essa não é a solução principal, aquilo que temos de fazer é estudar e encontrar soluções para toda a cadeia, do produtor ao consumidor, por exemplo temos a ideia de um (cabaz de peixe) para que haja uma venda directa ao consumidor, poderá ser a solução para o problema do preço, inicial e final, do pescado", disse, à margem da cerimónia de inauguração da Sede e do novo espaço para estacionamento de empilhadores no Porto de Pesca Costeira da Gafanha da Nazaré. O Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, presidiu à cerimónia de inauguração de investimentos financiados pelo PROMAR através do Grupo de Acção Costeira da Região de Aveiro.

A sessão decorreu no Porto de Pesca Costeira, na Gafanha da Nazaré.

Sobre a precariedade da actividade profissional, no sector das pescas, disse que "tem de haver uma promoção do associativismo entre os pescadores, para que possam estar junto dos governantes para fazer sugestões importantes, para a criação de novas oportunidades, temos, juntos, de procurar alternativas para tornar o sector importante e rentável, não creio que a solução passe pela atribuição de subsídios", disse.

Adelino Palão, Presidente da Associação de Pesca Artesanal de Aveiro, elogiou a conclusão da primeira fase da obra. "São projectos de obra ligados ao desenvolvimento do Porto, Pesca do Cerco e Artesanal Costeira, estacionamento para os empilhadores, que é a primeira fase da obra, a segunda fase contemplará salas para acções de formação, no primeiro andar, escritórios e nova sede, tudo estará concluído nos próximos dois meses", assegurou.

Para Adelino Palão, o sector da pesca artesanal "está em franco desenvolvimento", "No ultimo ano registámos um aumento de 300 por cento no movimento da Lota de Aveiro", revelou.

Adelino Palão falou, à reportagem Terra Nova, da problemática do "fenómeno de fuga à Lota”. Trata-se de um problema que estará em vias de solução. "Temos de evitar esse problema ao máximo, já estão a ser aplicadas medidas preventivas como, mais fiscalização, novos contratos comerciais a a APARA que está presente no Porto para fazer cumprir as normas legais do comércio".