"Eficiência Energética" e "Sistemas Computadorizados de Inteligência Artificial para Predição da Qualidade da Água" são dois projetos pioneiros e inovadores que estão a ser desenvolvidos pela Universidade de Aveiro (UA) em parceria com a AdRA – Águas da Região de Aveiro.

Nesta fase inicial, “o processo de desenvolvimento dos projetos está ligado ao setor de atividade do abastecimento de água e saneamento, no futuro, o rol de aplicações e possibilidades das tecnologias e conhecimentos será mais vasto, passando por áreas tão distintas como a arquitetura ou o desenvolvimento de software de gestão de sistemas hidrológicos”, dá conta a AdRA em comunicado.

No que toca à "Eficiência Energética", trata-se de um projecto já antigo, que tinha sido iniciado no tempo dos Serviços Municipalizados de Aveiro (SMA), onde o Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro continua a desenvolver um "sistema de classificação de água para consumo humano em tempo real". Quer isto dizer que está a ser criado um sistema que vai possibilitar a predição e classificação da qualidade da água para consumo humano em tempo real, através da monitorização de um subconjunto dos parâmetros medidos online, antecipando os resultados das análises laboratoriais. Além de minimizar os riscos do fornecimento da água imprópria às populações, a AdRA adianta que a aplicação desta tecnologia "vai agilizar e tornar mais eficaz a aplicação de eventuais ações corretivas, permitindo ainda racionalizar a utilização dos recursos necessários para o controle da qualidade da água e, consequentemente, ajudar à redução dos custos associados a esta atividade".

No segundo projeto, a AdRA está a cooperar com a Universidade de Aveiro no sentido de desenvolver e implementar um sistema de climatização de edifícios baseado no "aproveitamento da energia calorífica das águas residuais do sistema de saneamento". É o primeiro projecto do género na Península Ibérica, e vai ser instalado no novo edifício da Faculdade de Ciências Aplicadas à Nanotecnologia e Oceanografia da Universidade de Aveiro. "O desenvolvimento desta tecnologia, para além dos ganhos em termos de eficiência energética no edifício em questão, permitirá avaliar o potencial energético dos efluentes domésticos para aplicação em futuros sistemas de aquecimento e refrigeração de edifícios".