Aveiro foi a segunda zona do Norte e Centro do País com mais arrojamentos de espécies marítimas em 2011. Um arrojamento é quando um animal dá à costa, vivo ou morto. O relatório coordenado pela Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem dá conta de 44 exemplares, sobretudo cetáceos e aves, recolhidos na costa litoral, a esmagadora maioria sem vida. Em primeiro lugar está a Figueira da Foz. Um eixo marítimo com particularidades comuns que justificam o aparecimento das espécies, como explica Catarina Eira, da estação de campo de Quiaios. "A explicação para isto é o sistema de marés, as correntes maritimas e a direcção do vento, é uma zona de actividade pesqueira muito intensa onde há muitas redes de pesca e barcos a operar, tudo isto origina um maior numero de interacções com as espécies". No Norte e Centro, em 2011, foram registados 208 arrojamentos de cetáceos, contra 67 em 2010, o número mais elevado desde que existe monitorização. A captura nas redes é a causa de morte mais representativa nos cetáceos, na ordem dos 65 por cento dos casos. |