O responsável pelo departamento de ambiente e ordenamento da Universidade de Aveiro considera globalmente positiva a qualidade do ar na região. Carlos Borrego falava, ontem, na sessão do ciclo de conversas da Assembleia Municipal de Aveiro para declarar que as estações que medem a qualidade do ar confirmam uma tendência positiva apesar de alguns momentos em que essa qualidade pode ser colocada em causa.
“Pode parecer que Aveiro é uma cidade com uma data de poluição. Não é. É uma cidade com uma qualidade do ar relativamente boa. Basta ver que o número de vezes em que o ar é fraco é muito pequeno comparando com outras cidades. Há pontos de mediação na avenida dr. Lourenço Peixinho e em Ílhavo”.
Carlos Borrego na conferência "A (in)sustentável leveza do ar na região de Aveiro" em que falou do tempo da primavera, dos efeitos da falta de chuva e da qualidade do ar.
Neste encontro deixou um conselho aos decisores políticos para que acautelem os projetos que estão em curso. Deu como exemplo a intervenção na avenida Dr. Lourenço Peixinho. Diz que para além da estética é preciso cuidado de fatores fundamentais no conforto humano.
E em terra de ventos é preciso estudar tudo o que se faz. Espera que a requalificação da avenida, tendo em conta o facto de Aveiro ser uma cidade exposta a ventos, não repita o que diz ser o "mau exemplo" do fórum Aveiro.
“Temos um túnel de vento onde fazemos estes ensaios. Podemos ensaiar a avenida. Tenho esperança de fazermos isso. Com isto percebemos se as árvores vão ser importantes, quais e em que locais. Temos que introduzir isso nas decisões políticas naquilo que é a qualidade da parte urbana”.
A universidade de Aveiro tem desenvolvido modelos de dinâmicas do ar para minimizar a exposição, por exemplo, à poluição urbana. |