Com um orçamento de 55 mil euros, Manuel Veiga, que cumpre o primeiro mandato à frente dos destinos da freguesia de Avelãs de Cima, reconhece estar limitado em matéria de obras a realizar: “relativamente a 2011, recebemos menos 2862 euros, mas comparando a 2010, o nosso FEF reduz em 8290 euros”, diz, dando conta que, face a este constrangimento orçamental, “foi necessário redimensionar todas as nossas obras na freguesia e o que vamos fazendo deve-se a muito esforço e poupança, da nossa parte”.
Contudo, dois importantes investimentos estão a avançar.
Floresta: uma prioridade. O primeiro, em fase de conclusão, é uma charca – reservatório de água escavado na zona do Moinho do Pisco – que vai dar apoio aos bombeiros do concelho e aos helicópteros no combate a fogos florestais. “Trata-se de um projeto que foi elogiado por todos e uma mais valia e fruto do nosso esforço, já que causa alguma mossa no orçamento da Junta de Freguesia”, adianta. Em fase de conclusão, este equipamento, construído em terreno cedido por um particular, começou a ser construído em janeiro e, apesar do período de seca, está cheio de água. “Era uma necessidade muito grande e uma reivindicação antiga dos proprietários florestais”, sublinha o autarca, determinado em dar especial apoio à Associação Ambiental e Florestal da Freguesia de Avelãs de Cima que, segundo Manuel Veiga, “tem desenvolvido um trabalho meritório na vigilância e combate aos fogos, sendo uma aliada dos bombeiros”.
“Precisam construir um pavilhão que sirva de sede e de arrumo à viatura que possuem de combate aos fogos florestais. A Junta de Freguesia vai ajudar nessa construção”, diz, dando conta de que a obra vai nascer junto ao estaleiro da Junta de Freguesia, em Avelãs de Cima. Ainda em matéria florestal (e porque a freguesia tem uma extensão considerável de floresta) Manuel Veiga destaca o empenho da autarquia na manutenção e preservação de caminhos rurais e estradões florestais, mantendo-os transitáveis e em bom estado a maior parte do ano, mas mostra-se igualmente apreensivo e preocupado com o furto do posto de vigia do Moinho do Pisco. Por isso, lança um apelo às entidades competentes para que reponham um equipamento semelhante porque, “sem a torre de vigia, a floresta está agora muito mais vulnerável”.
Abastecimento de água é imprescindível. Preocupado com o abastecimento de água à população, recorda que Ferreirinhos continua a aguardar por água da rede, canalizada. “Pela primeira vez, em muitos anos, no ano 2011 a nascente não foi suficiente para abastecer as fontes do lugar, pelo que teve de se recorrer aos Bombeiros de Anadia que, em dias alternados, colocavam água no depósito que abastece as fontes”, diz, admitindo que, neste ano de 2012, a atravessar uma grave seca, a perspetiva não é nada animadora, sendo, por isso, urgente dotar este lugar de água da rede potável.
Por causa da crise e do desemprego que afeta já muitas famílias no concelho, Manuel Veiga fala no estreitar de relações com a Rede Social, para sinalizar e resolver casos de necessidade que possam surgir na freguesia. Mas à Junta de Freguesia cabe ainda olhar pela manutenção dos equipamentos escolares, neste caso três escolas do 1.º CEB e três Jardins de Infância. Atenção dedica ainda à limpeza e manutenção de bermas, valetas, aquedutos e ainda caminhos e rurais. Por isso, a Junta de Freguesia está empenhada em sensibilizar a população para dar conhecimento de eventuais lacunas e necessidades porque, como diz, “nós, na Junta, não sabemos de tudo o que faz falta nos vários lugares da freguesia e as pessoas são um importante elo de ligação/informação”.
A JB conta ainda o facto da autarquia ter disponibilizado um espaço na Junta de Freguesia e na antiga Escola de Canelas para que uma enfermeira possa, às quintas-feiras, prestar serviços de enfermagem às populações. “É um importante apoio, sobretudo para os mais idosos”, diz, referindo ainda o trabalho que está a desenvolver ao nível da Segurança Rodoviária: “Estamos a colocar novos sinais de trânsito que começaram a ser renovados em janeiro”, num total de uma dúzia.
A terminar, afirma precisar da colaboração da Câmara Municipal para avançar com alcatroamentos de vias já abertas, mas ainda em terra batida, que considera prioritárias. São os casos: alcatroamento da estrada entre Figueira e Boialvo, entre Cêrca e Aguarda de Cima, mais propriamente Almas da Areosa e no lugar de S.Pedro, cerca de 500 metros, que permitirá eliminar o trânsito de pesados num pequeno troço de estrada 334, assim como corrigir um pequeno troço de estrada que liga Figueira a Avelãs de Cima, junto ao depósito da água.
Catarina Cerca
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