Moradores e comerciantes da zona histórica de Ílhavo dizem que a regeneração do centro histórico da cidade não está a corresponder às expetativas criadas. Ana Constança, proprietária da Farmácia Senos, fundada em 1836 e instalada na Rua Arcebispo Pereira Bilhano, diz mesmo que o fim do estacionamento naquela rua "está a colocar em causa os negócios". Alertou, ainda, a autarquia para a qualidade dos materiais usados. "Não tenho possibilidade de fazer cargas e descargas comodamente e numa Farmácia são cinco vezes ao dia, no mínimo", adiantando que "os materiais colocados e utilizados não são nobres, as pedras estão cheias de verdete, corremos sério risco de escorregar ou tropeçar naquelas pedras lá colocadas". Ana Constança em declaração na reunião pública da Câmara de Ílhavo preocupada com o impacto das obras no comércio mas também ao nível da valorização dos prédios. "A desvalorização dos prédios é grande, decorrente da reabilitação que foi feita, ninguém vai comprar uma casa sem estacionamento à porta, lá não existem garagens, não existem as anunciadas bolsas de estacionamento e é proibido estacionar naquela zona", referiu. Ribau Esteves diz que a obra de regeneração urbana "prevê alteração de comportamentos". Mesmo com o estacionamento público em áreas próximas, assume que está a tentar a aquisição de terrenos para criar bolsas de estacionamento mas que o processo negocial "não está a ser fácil". O autarca prometeu, ainda, uma deslocação ao local "para verificar as queixas dos comerciantes". |