Os partidos da oposição na Assembleia Municipal de Aveiro teme que a iniciativa da Câmara de Aveiro junto da Comissão Europeia na contestação à introdução de portagens nas antigas scut venha a antecipar o fim das isenções para residentes. Para António Salavessa, do PCP, esta queixa poderá precipitar o fim das isenções que só deveria chegar no Verão.
“Se a queixa do presidente foi depois da introdução das isenções isto revela uma falta de prudência e reflexão sobre as consequências. Falar de discriminação quando há discriminação positiva alertou a Comissão Europeia. Temos que fazer todos os possível para que a discriminação positiva continue”.
Manuel Coimbra, do PSD, diz que a intervenção da autarquia junto da Comissão Europeia estava mais do que justificada. “Isso era assunto que deveria ser dado a conhecer à CE. Não faz sentido que numa Europa em que queremos que todos tenham mobilidade que houvesse diferentes formas de pagamento para portugueses e estrangeiros. É um problema para o desenvolvimento económico”.
Eduardo Feio, do PS, lamenta que o compromisso dos partidos que hoje são Governo não tenha ainda acabado com o pórtico em ambiente urbano na zona industrial. “No caso concreto há a situação que o PS de Aveiro tem alertado. É uma situação perfeitamente injusta que é portajar uma área urbana. Apesar das promessas dos deputados dos PSD acaba por continuar lá”.
Ivar Corceiro, do BE, salienta que os partidos da maioria fazem queixas e acusam-se mas foram responsáveis pela introdução de portagens.
“Se hoje temos portagens nas scuts a responsabilidade política é de quem deixou passar a votação na Assembleia da República, o PS que estava no Governo, PSD e CDSPP. As estruturas regionais em Aveiro mascaram a política que aprovaram. Sofrem de uma certa amnésia quando vão para Lisboa. Em Lisboa deixaram passar e aprovaram”.
O debate mantido na edição do programa Canal Central no passado dia 10 de Março. |