O secretário de Estado da Administração Local, Paulo Júlio, já admitiu que 20 a 30 câmaras municipais necessitam de um programa especial de intervenção financeira, por parte do Governo, por estarem "verdadeiramente desequilibradas".
A resposta será antecedida de uma avaliação do "potencial de receita" que as autarquias possam gerar. Em fins de 2010, Aveiro aparecia no anuário financeiros dos municípios portugueses como o terceiro mais endividado do País, com 161,9 milhões de euros.
Aveiro é uma das autarquias que está na primeira linha para fazer parte do programa especial de intervenção financeira proposto ao Governo pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP).
Fonte do executivo camarário limitou-se a confirmar esse cenário, sem adiantar mais pormenores "enquanto não se souber qual é solução" a sair das negociações em curso.
O passivo exigível do município aveirense rondava, no final do ano passado, 146,6 milhões de euros.
Cem milhões dos quais de médio e longo prazo que fustigam com juros a tesouraria e reduzem a atividade camarária a gestão corrente e umas poucas obras obrigatoriamente comparticipadas.
O serviço da dívida vai custar mais 18 milhões de euros em 2013, por conta do plano de saneamento financeiro que obrigou a pedir 58 milhões de euros em 2008.
Uma bola de neve que ameaça não parar de crescer sem medidas extraordinárias. |