O deputado do PCP, Jorge Machado, disse hoje que "a linha do Vale do Vouga não encerrou no final de 2011. Foi, sem dúvida, uma vitória da luta das populações e da intervenção do PCP". A "forte contestação popular contra o encerramento desta linha centenária, que tinha sido decidido pelo Governo PSD/CDS, no quadro do famigerado Plano Estratégico de Transportes", serviu para manter a linha activa. "As várias iniciativas promovidas pelo PCP em defesa da linha do Vale do Vouga, desde 2006 e em concreto nos últimos meses, permitiram demonstrar a sua importância para as populações, que, em muitos casos, não têm qualquer alternativa viável em transporte público, e comprovaram que seria absurdo o encerramento desta linha ferroviária depois de todo o investimento feito na sua requalificação e modernização", disse Jorge Machado. "As Moções apresentadas e aprovadas por unanimidade em diversas Assembleia Municipais – Aveiro, Espinho, Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira - a Petição em 2008 que recolheu 4508 assinaturas e ainda a apresentação de um Requerimento e de uma Projeto de Resolução na Assembleia da República para impedir o encerramento da linha, foram determinantes", assegurou. Este conjunto de ações "foi determinante para alertar e mobilizar a população na defesa dos seus direitos e para pressionar as outras forças políticas e o Governo, que se viu obrigado a dar um passo atrás e, por enquanto, adiar o encerramento da linha". O politico deixou um alerta, "este adiamento não é mais que isso mesmo: um adiamento! A decisão de encerramento da linha não foi revogada. PS, PSD e CDS rejeitaram na Assembleia da República a Projeto de Resolução do PCP que travava o processo de encerramento e apontava a continuação das medidas de requalificação e modernização da Linha do Vouga", alertou. Para o PCP, "uma eventual privatização de toda a linha do Vouga, significaria um ataque inaceitável ao sector empresarial do Estado e aos serviços públicos e um roubo aos trabalhadores e aos direitos das populações". |