Antiga funcionária na Junta de Freguesia durante 34 anos, Fátima Ribau considera que a reforma do mapa autárquico está a ser apressada e vai criar problemas. Lembra que é nas Juntas que as pessoas sentem retorno depois da apresentação dos seus problemas ou dificuldades. Ouvida no programa “Conversas” admitiu a necessidade de um novo mapa mas pensado de acordo com a realidade e sem esquecer a confusão legislativa que afeta a vida das Juntas.
“Muitas leis e as leis às vezes dizem as mesmas coisas só de maneira diferente. Não sei para que é tanta legislação. Muitas vezes precisávamos de assessoria jurídica e apoio que era dado pela Câmara, pelo Tribunal de Contas e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro”.
Fátima Ribau numa entrevista que pode ser ouvida às 19h00. Agora na condição de aposentada, lembra que entrou na Junta com a 4ª classe e acabou por fazer formação superior. Diz que foi um desafio pessoal.
“Um dia chegou um homem que me disse que não devia estar ali porque só tinha a 4ª classe. Aquilo marcou-me de tal maneira que pensei que um dia mais ninguém iria dizer que não tinha habilitações para ocupar o lugar. Só acabei quando terminei a licenciatura em história”.
O percurso de vida e a formação no Instituto Superior de Ciências Religiosas e na Universidade Aberta, a vida autárquica, a catequese e a responsabilidade assumida com a adoção são alguns dos temas abordados nesta conversa. Entrevista ao programa “Conversas”. Para ouvir às 19h00. |