O PS considera que seria mau sinal que a decisão da ARH sobre o inquérito à ponte sobre o canal central não fosse respeitada. Gonçalo Fonseca, deputado municipal dos socialistas, considera que se trata de uma opção técnica e que não deve merecer interferências políticas. Ainda assim teme que a Câmara de Aveiro tente influenciar essa decisão da estrutura regional. “Era o que mais faltava se houvesse desautorização política de um procedimento técnico”.
Manuel Coimbra crítica a leitura do PS. O deputado municipal do PSD considera que o PS crítica um quadro que o próprio partido socialista criou com a nomeação de um técnico com passado ligado ao PS em Aveiro. “O partido socialista há vários anos achou que a direção da ARH devia ser nomeada politicamente tanto que nomeou pessoas da sua confiança política e agora vem invocar que as razões que levaram à produção do edital são técnicas”.
O debate no programa “Canal Central” foi aproveitado pela concelhia do PP para dizer que a posição da vereadora Maria da Luz Nolasco a favor da ponte foi uma resposta a quem duvidava da coesão do partido. Jorge Greno ironiza e diz que “os tiros caíram na água”. “Houve quem tentasse por em causa a posição do CDS neste assunto. A posição formal foi tomada aquando da votação em Câmara. E houve quem tentasse brincar com a posição dos autarcas. Se fosse batalha naval era um tiro na água”.
Rui Maio, do BE, nota que o debate público sobre a ponte chegou tarde mas chegou. Lamenta, apenas, que a autarquia não dê sinais de mudança. “Temos sinais de que a discussão pública que devia ter sido feita inicialmente está a ser feita agora”.
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