O Presidente do Beira-Mar disse em entrevista à Terra Nova, que apesar da posição minoritária do clube na SAD, não vai deixar cair o projecto caso a falência do Servete provoque "ondas de choque" em Aveiro. António Regala admite que esse cenário tem sido colocado e que "pode ser necessário encontrar novo investidor". O dirigente do Beira-Mar admite estar preocupado com os efeitos da possível falência do clube Suíço detido por Majid Pishyar. "A SAD do Beira-Mar não será alheia a uma situação destas, mas, quero deixar aqui uma certeza, a Direcção do Beira-Mar, embora tenha uma capital minoritário na SAD, não está a dormir e nunca deitará a toalha ao chão, os sócios podem estar descansados porque estamos atentos e prontos para agir", disse, adiantando que "obviamente, se este parceiro não cumprir as situações que assumiu e que estão protocoládas e assinadas terá de deixar o projecto para conseguirmos outra parceria, como é lógico". Em entrevista hoje, ao final da manhã, António Regala assume que Majid Pishyar tem cumprido mas, em caso de incumprimento, o clube vai procurar novo parceiro para a SAD. "O parceiro até agora cumpriu, meteu bastante dinheiro no clube, se não o tivesse feito o clube teria morrido mas, havendo dificuldades em continuar a cumprir o que está contratualizado, aí teremos que tomar medidas sérias, mas, para se tomarem essas medidas temos de saber já o percurso que vamos seguir e o Beira-Mar precisa de encontrar alguém com dinheiro para comprar a posição de Majid Pishyar", assegurou. O Presidente do Beira-Mar diz que na segunda-feira haverá recurso da decisão do Tribunal de Ovar que indeferiu o pedido do clube para utilizar o Pavilhão do Alboi até ao final de Maio, obrigando o Beira-Mar a deixar o espaço nos próximos dias. Os credores do Beira-Mar, que ficaram com o Pavilhão e um piso no Centro Avenida, querem o espaço desocupado e a ordem de despejo às equipas do clube está por dias. Armindo Sequeira, advogado dos ex-dirigentes, já disse que o recurso é mais uma perda de tempo e dinheiro e que o diálogo nunca foi a aposta prioritária. "A hipótese de consenso entre as partes poderá existir, os meus clientes é que sabem, mas, infelizmente, a Direcção do Beira-Mar quis sempre ir para o Tribunal e até hoje perdeu sempre e o recurso que vão apresentar não serve sequer para ganhar tempo, é só para perder dinheiro, mas, infelizmente é assim", disse à Terra Nova. Os credores querem acabar de vez com um problema que se arrasta há largos meses e os 200 atletas do futsal e do basquetebol correm risco de ficar sem espaço para treinar. Para Armindo Sequeira este desfecho é mais um sinal de que o Beira-Mar está a morrer, "o Beira-Mar está morto, isto é um engano, a cidade e os beiramarenses foram enganados, este senhor Pishyar prometeu tudo, que pagava tudo e nada fez, a não ser por lá algum dinheiro, algum já o recuperou e portanto, o clube não tem Pavilhão, não tem Sede, não tem rigorosamente nada, está a zeros e com dívidas avultadas, o Beira-Mar está morto pela mão da direcção actual, que levou o clube para uma SAD que não corresponde aos anseios dos beiramarenses", disse. O Presidente do clube respondeu e já desmentiu que o clube esteja perto de fechar e aponta o dedo aos ex-dirigentes. "Eu pergunto ao Dr. Armindo Sequeira e aos seus clientes é que se está morto, quem foi o assassino do Beira-Mar, o assassino ainda não conseguiu destruir o clube e não vai conseguir", respondeu António Regala. |