O julgamento do processo foi retomado esta manhã, no tribunal de Aveiro, "dentro da legalidade", garantiu o presidente do coletivo, Raul Cordeiro.
A presença da juíza asa Liliana Carvalho, após baixa médica, permite realizar a 13ª audiência sem exceder o prazo máximo de trinta dias entre produção de prova.
A magistrada falou pela primeira vez no tribunal para garantir que se encontra em condições de trabalhar após a intervenção cirúrgica a que foi submetida. "Estou melhor, agradeço a compreensão de todos. Espero que os votos de melhoras que recebi ajudem à recuperação", declarou.
Liliana Carvalho, 40 anos, admitiu que a sua ausência por motivos de doença gerou "incómodos", desejando que o julgamento corra a partir de agora "com mais normalidade, apenas com incidentes processuais" e não pessoais.
Ainda assim, o presidente do coletivo decidiu, pelo menos durante os próximos 30 dias, reduzir de quatro para três audiências semanais (de terça a quinta).
O julgamento, que teve a sua última audiência a 21 de Dezembro, continuou esta manhã com o depoimento de Rui Carvalho, inspetor da PJ que coordenou as investigações.
No rol de arguidos do processo Face Oculta, envolvendo crimes de corrupção, figuram o ex-ministro Armando Vara, o ex-presidente da REN, José Penedos, e o seu filho, o advogado Paulo Penedos, acusados de favorecimentos ao empresário Manuel Godinho do sector do tratamento e reciclagem de resíduos.
O julgamento teve inicio a 8 de Novembro. |