A obra de prolongamento do molhe Norte já arrancou e a contestação ao concurso em tribunal não interrompeu o arranque dos trabalhos. É uma obra considerada prioritária para o futuro da acessibilidade marítima. Trata-se de um investimento de 26 milhões de euros nas obras de dragagem e prolongamento do Molhe Norte com fundos da Administração do Porto de Aveiro e fundos comunitários.
Com a obra será permitido alargar a operação do porto com navios acima dos 150 metros de comprimento até um máximo de 200 metros. José Luís Cacho confirma o avanço da obra com camiões no terreno, transporte de pedra e colocação de guindastes em São Jacinto.
“A obra já começou em Dezembro. Foi feita a consignação em dezembro e os trabalhos estão a decorrer dentro da normalidade. O processo segue trâmites legais normais e não há nada a dizer sobre isso”, referiu, de forma lacónica, o administrador do Porto de Aveiro.
A estrutura retoma a normalidade das operações. Depois da greve de estivadores, ontem já foi dia de cargas e descargas. Pelo menos três navios estavam atracados no terminal Norte. José Luís Cacho fala de um prejuízo direto para o porto de 250 mil euros e outros prejuízos para empresas que operam com recurso ao porto de Aveiro.
“Esperemos que com este processo se consiga resolver definitivamente o problema de sustentabilidade da ETP e que permita ao porto de Aveiro regressar aos tempos de crescimento e aumentar a competitividade. Esse capital e confiança ganha-se com o tempo. Acredito que vai demorar algum tempo mas dentro de meses esse capital pode começar a notar-se no porto de Aveiro”.
O administrador do Porto de Aveiro vê sinais positivos quanto à possível viabilização da ETP. |