O debate voltou a estar centrado na construção dos acessos à Unidade de Tratamento de Lixos em Eirol. A Assembleia Municipal de Aveiro analisou mais um relatório da comissão de acompanhamento e o debate acabou por ficar marcado pelas críticas aos atrasos na criação de um acesso dedicado.
O deputado do PS Marques Pereira responsabilizou a Câmara pelo atraso de dois anos na construção do acesso a partir de Mamodeiro até à central de lixo e alertou para novos obstáculos. “Hoje o que temos é uma boa desculpa para a falta de ação. É que os malandros da REBN e da RAN mandaram para aí uns pareceres negativos. Quero declarar, com compromisso de honra, que a culpa não morre solteira”.
A Unidade de Tratamento Mecânico-Biológico está prestes a entrar em fase de testes. Em pleno, vai receber 190 mil toneladas anuais de resíduos através de camiões. A comissão de acompanhamento considera fundamental não arrancar a laboração antes da via de acesso ficar concluída.
Paulo Marques, do CDS, também criticou a demora. “A unidade não deverá entrar em laboração sem acesso dedicado. É responsabilidade da empresa criar um mínimo de condições que não perturbem o ambiente”.
Depois das dificuldades em consensualizar o traçado com Junta de Nossa Senhora de Fátima, a Câmara, através do vereador Pedro Ferreira, deixou um panorama mais desanuviado. “Da parte da Reserva Agrícola foi tudo ultrapassado mas no caso da Reserva Ecológica eles entendem que os 4 kms em caminhos existentes são uma coisa e o km novo é outra. Mais semana menos semana não haverá problema. O compromisso da empresa e da Câmara é fazer a estrada até ao início da laboração plena da empresa”.
Alguns deputados também quiseram saber o que era feito das contra-partidas pela aceitação da central de lixo, nomeadamente o eixo Aveiro – Águeda, mas nada foi adiantado. |