A Associação de Empresas de Estiva do Porto de Aveiro, refere em comunicado enviado à Redacção Terra Nova que "por força de intransigentes imposições laborais por parte dos Sindicatos a situação económica da Associação do Trabalho Portuário (ETP) de Aveiro, se deteriorou-se nos últimos dois anos, designadamente dado o manifesto desequilíbrio entre a mão-de-obra portuária disponível e a necessária, bem como os custos insuportáveis da massa salarial". Referem ainda que a actual conjuntura "precipitou a ETP numa situação de insolvabilidade, não havendo condições para que a empresa honre os seus compromissos". Sublinham que "um trabalhador tipo A, com um custo mensal de cerca de 3.000 euros registou no ano transacto uma taxa de ocupação de 42 por cento, o que corresponde a cerca de 94 dias úteis de trabalho efectivo". A Direcção da Associação "tem manifestado empenhadamente toda a disponibilidade para o diálogo e tudo tem feito para salvaguardar os postos de trabalhos e os direitos dos trabalhadores no âmbito de uma solução que permita a viabilização da empresa". "Para o efeito solicitou, inclusivamente, um estudo sobre a viabilidade económica e financeira e a reestruturação da empresa à consultora independente Price Waterhouse Cooper’s", pode ler-se no comunicado. "A total e incompreensível intransigência dos Sindicatos na aprovação de um plano aceitável de reestruturação da empresa obrigou-a a solicitar a insolvência como único caminho possível para a sua reestruturação e viabilização". É ainda garantido que "nunca esteve no horizonte o despedimento dos 61 trabalhadores da empresa", mas "reitera-se, apenas, a reestruturação e recuperação da ETP, o que os Sindicatos numa obstinação incompreensível impedem". Terminam referindo que "a greve não apenas não resolve a situação da ETP de Aveiro, como ainda adensa a crítica situação económica e financeira em que se encontra, sendo que a greve, poderá, contra o que pretendem os seus accionistas, inviabilizar definitivamente a sua recuperação". |