A greve geral de estivadores e trabalhadores portuários, convocada pela Confederação dos Sindicatos Marítimos e Portuários, nos Portos Nacionais, marcada para a próxima segunda-feira, é uma paralisação preocupante e vai causar prejuízos de milhões em Portugal na perspectiva de José Luís Cacho, Director Geral do Porto de Aveiro. O Administrador diz ter dificuldade em lidar com a decisão da greve e referiu, em declarações à Terra Nova, os graves prejuízos inerentes à greve registados no Porto de Aveiro, "onde desde há um mês a esta parte quase não tem entrado navios", são "uma realidade indesmentível". "Desde há um mês a esta parte tem vindo a diminuir drasticamente o número de navios no Porto de Aveiro e nesta última semana praticamente não houve navios aqui, esta situação afecta gravemente o PA e as empresas que utilizam o Porto porque, estão a desviar as cargas para outros Portos com custos financeiros associados elevados e o impacto é muito grave", adiantando que esta é "uma situação preocupante até porque se caminha a passos largos para a insolvência da Empresa de Trabalho Portuário, é uma situação dramática e não sei como é que tudo isto vai acabar", disse. Para José Luís Cacho, a situação económica do país "não merecia este tipo de paralisação geral". "Tudo temos feito para que haja entendimento entre as partes e reforço a ideia de que a situação vai ser mais penalizadora para os trabalhadores, sem dúvida", garantiu. Paralisação de estivadores e trabalhadores no Porto de Aveiro está a causar prejuízos graves à APA e às empresas associadas a actividade empresarial na unidade portuária, "isto que nos está a acontecer é terrível e dramático, quero ver como é que isto vai acabar", sublinhou. |