Gilberto Madaíl fez um trajecto positivo na Federação Portuguesa de Futebol mas poderia ter saído mais cedo e em alta. A opinião é manifestada por representantes dos partidos políticos com assento na Assembleia Municipal de Ílhavo numa leitura sobre os quase 16 anos de Madaíl ao serviço da FPF.

Para José Alberto Loureiro, do PCP, só questões pessoais terão ditado que não tentasse novo mandato. “Apesar de tudo, fez um bom mandato. Foram 15 anos com polémicas mas acaba por ser um bom mandato como presidente da FPF”, salienta José Alberto Loureiro.

José Vaz, do PS, admite uma era marcante no futebol mas diz que na fase final os problemas começavam a acumular-se. “Ao contrário do José Alberto acho que os últimos mandatos foram péssimos. Não ajudaram nada o futebol. Penso que não se recandidatou porque não encontrou condições de apoio para isso mas era evidente que depois de tantos problemas com treinadores, treinadores com problemas com jogadores e jogadores que abandonaram a selecção, acho que não havia condições para continuar”, sublinha o dirigente do PS.

Eduardo Conde, do PSD, afirma-se defensor de mandatos mais curtos e mais intensos para evitar o prolongamento no poder com a consequente criação de vícios próprios das organizações. “Gosto mais de projectos que têm prazo curto e incisivo. Gilberto Nadaíl é uma pessoa empreendedora que esteve em várias áreas e razoavelmente bem. Penso que no futebol o projecto deveria ter sido mais curto porque depois habituamos-nos aos lugares comuns e às pessoas com quem falamos. O mundo muda muito rapidamente e é mais importante saber sair que saber entrar. Estes anos são anos de boa prestação da selecção nacional mas tem havido casos que não têm sido muito dignos. Estes projectos deviam ser mais curtos”, justifica o representante do PSD no programa “Discurso Directo”.