Aprovado em 2007, o regulamento para a criação de taxa de resíduos sólidos urbanos (RSU) será implementado, já a partir de Janeiro, através da factura da água. “Agora vai ser mesmo a doer”, disse fonte ligada ao processo, depois do Executivo camarário ter decidido em Novembro, por unanimidade, aplicar a taxa de 1,50 euros/mês para consumidores domésticos, e o dobro para não domésticos (estado, autarquias e instituições sem fins lucrativos).
Comentando a entrada em vigor da nova tarifa, o presidente da Câmara de Vagos admitiu que “já não era possível” adiar por mais tempo tal medida. “O concelho tem sido um oásis em termos de taxas, tarifas e impostos”, concretizou Rui Cruz, confirmando que existem municípios vizinhos onde a água, saneamento e RSU “são cobrados, com preços completamente diferentes, há mais de vinte anos”.
“A população de Vagos só pode congratular-se de não ter pago aquela taxa até agora”, acrescentou o autarca, para quem a inclusão da taxa na factura da AdRA só é possível porque “existe uma adesão acima dos 80% e taxa de cobertura de 98%”.
Ainda segundo Rui Cruz, seria “mais justo” que a taxa fosse indexada ao consumo da água, que não tem relação directa com a rejeição de RSU. Mas tal não é viável, uma vez que seria preciso colocar contentores individuais em cada moradia.
De acordo com a lei, a taxa deverá ser harmonizada ao longo dos próximos anos, mantendo o princípio de recuperação de custos e do utilizador-pagador. Para minimizar os custos, a Câmara vai, entretanto, implementar medidas tendentes ao aumento da recolha e selecção de resíduos. Para além do lançamento de campanhas de sensibilização para a reciclagem, está igualmente prevista a assinatura de protocolos com empresas da especialidade, para recolha de toda a espécie de resíduos, florestais, roupa, óleo e pilhas.
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Eduardo Jaques / Colaborador
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