Cinco meses após o seu desaparecimento, foram encontrados os restos mortais de Evangelista Nogueira, o sexagenário residente no Paraimo, na freguesia de Sangalhos, que tinha desaparecido de sua casa, no dia 16 de Março.
Evangelista Nogueira, de 63 anos, sofria da doença de Parkinson, e os seus restos mortais foram encontrados a escassos 500 metros da sua residência, na última sexta-feira, por uma familiar – Celene Reis – que andava com o filho, Luís Reis, a apanhar lenha e a ver a extrema de um terreno numa zona de baldios, no fundo da Zona Industrial do Paraimo.
Eram cerca das 11h quando a cadela labradora de Celene Reis começou a ladrar e andar impaciente junto ao local onde jazia o corpo de Evangelista Nogueira. “Andávamos a ver uma extrema e a minha mãe disse que se ia embora para casa e que levava a cadela. De repente, a labradora começou a ladrar e a andar de um lado para o outro. A minha mãe alertada, por ver a cadela tão impaciente, foi ver de que se tratava, quando se deparou com o corpo”, avançou Luís Reis que, de imediato, deu o alerta para a GNR de Sangalhos.
Celene Reis apercebeu-se logo que ali jazia um corpo e que só poderia ser do seu primo, já que as peças de vestuário, ainda em bom estado, coincidiam com a roupa que Evangelista Nogueira vestia na altura do desaparecimento.
O corpo do sexagenário, em avançado estado de decomposição, encontrava-se numa zona que no Inverno fica alagada, pois ali perto passa uma regueira foreira que faz com que o terreno à volta fique pantanoso e com vegetação muito alta. Por isso, aquando das buscas, não se procurou naquele local, por ser impossível ir para lá, devido ao terreno pantanoso. “Quem fosse para lá ficava atolado. Agora, o terreno está seco e a vegetação é muito menor porque estamos no Verão e a regueira foreira seca”, disse Luís Reis. Por esse facto, as várias operações de busca levadas a cabo pela GNR, Bombeiros e grupos da freguesia (Caçadores, BTT) se tenham mostrado na altura todas infrutíferas.
O corpo foi transportado para o Instituto de Medicina-Legal do Hospital de Aveiro para ser autopsiado.
O funeral realizou-se ontem, quarta-feira. O corpo foi a sepultar no cemitério da freguesia de Sangalhos.
Catarina Cerca
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