As respostas evasivas do presidente da Câmara, Litério Marques, marcaram a última Assembleia Municipal, realizada na passada segunda-feira.
A bancada do CDS/PP foi a que mais sentiu essa postura de Litério Marques que, à proposta de recomendação para uma utilização racional de energia e em relação à proposta para que o executivo promova a implementação de medidas que visem uma utilização mais racional da energia na iluminação pública e nas suas instalações, obteve do presidente uma clara postura de indiferença: “não tem resposta”, disse o edil. Uma postura que manteve quando o mesmo grupo municipal o questionou sobre a falta de água potável canalizada no Amieiro, Corgo e Ferreirinhos.
“Um problema que se arrasta há quase uma dezena de anos e que atinge mais de uma centena de pessoas, muitas delas idosas e sem qualquer tipo de abastecimento privado”, sublinhou Tiago Castelo Branco. Uma vez mais, Litério Marques deu uma meia resposta: “a Câmara está empenhada em fazer obra e não em discutir o que seria uma perda de tempo”.
O grupo municipal do CDS-PP/Anadia não desistiu e voltou a questionar Litério Marques sobre o Canil Municipal e qual a posição da Câmara face a situações de ataques por matilhas de cães que vagueiam por Anadia.
À questão “para quando e onde será feito o canil municipal” o edil voltou a ser vago, dando a entender que os ataques de matilhas de cães a explorações pecuárias e familiares acontecem por culpa dos proprietários, que não salvaguardam devidamente os animais e as suas explorações.
Meia resposta recebeu também Tiago Coelho, do PS, quando questionou o edil anadiense quanto à criação do Conselho Municipal da Juventude em Anadia. Uma vez mais, Litério Marques deu uma resposta dúbia, apenas avançando que Anadia não é a única Câmara que não tem Conselho Municipal da Juventude .“Não temos pressa”, disse, acrescentando que irá aguardar por mais informação a respeito deste Conselho.
O deputado da CDU, João Morais, não deixou passar em branco o perigo que constitui a Estrada do Casal, que liga Sangalhos a Avelãs de Caminho. “Se continua a chover, a estrada vai parar na Etar”, disse, acrescentando que “não basta remover terras, é preciso tomar medidas”. O edil avançou que a Câmara está atenta e que o problema se deve à falta de árvores que segurem as terras, fazendo com que as barreiras fiquem mais débeis. “No Verão iremos fazer a reposição do pavimento e criar barreiras de suporte para evitar situações perigosas aos condutores que por ali circulam”.
Também Rui Marinha, do PS, questionou o edil sobre a obra da escola do Chãozinho, em Amoreira da Gândara, e sobre a desactivação da Etar de Mogofores. Quanto à obra da escola do Chãozinho, Litério Marques disse estar a cumprir a carta educativa. “Vamos fazer ali um mini Centro Escolar, que vai responder às necessidades da população. A obra está adjudicada, vamos pagá-la e sem apoios comunitários. O que pretendemos é criar as condições mínimas de aprendizagem e bem-estar aos alunos de Amoreira da Gândara”. Em relação à Etar, admitiu que será para encerrar. “Não é fácil. Temos de saber no que vamos mexer e como o vamos fazer sem criar um problema ambiental”, acrescentou.
Catarina Cerca
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