A Barragem da Gralheira, localizada na freguesia da Moita, sofreu danos avultados com o último temporal que atingiu a região. António Guilherme Andrade, presidente da Junta de Freguesia da Moita, faz contas aos prejuízos e diz que são elevados, na medida em que mais de uma dúzia de acácias tombaram, destruindo vários telheiros.
O espaço de lazer na Barragem da Gralheira foi inaugurado em 2001 e integra churrasqueiras, forno, sanitários e vários telheiros com mesas e bancos corridos. Foi precisamente sobre estes que as acácias de grande porte tombaram com a força do vento, destruindo parte dos telheiros.
Neste momento, a autarquia procede ao contacto de proprietários para que as árvores caídas sejam removidas o mais rapidamente possível, para que se inicie depois o trabalho de reconstrução dos telheiros.
“Toda esta zona vai ter de ser limpa e vamos pedir para que outras árvores que estejam ainda de pé sejam também cortadas, por forma a evitar que algo assim aconteça de novo neste local”, diz o autarca que quer, dentro em breve, proceder às reparações necessárias.
“São acácias velhas e frágeis que partem facilmente com a força do vento”, acrescentou, dizendo que o local exige muita manutenção e vigilância, lamentando os inúmeros actos de vandalismo de que aquele espaço é alvo.
“Vêm para aqui grupos que arrancam árvores, deixam os sanitários imundos e chegam a acender fogueiras no meio do alcatrão”, revela, dando conta de que as autoridades já foram alertadas para esta situação.
A Barragem da Gralheira é um ponto de água no combate a fogos florestais, mas todo o espaço envolvente e de lazer nasceu da vontade de Frutuoso Almeida Silva, de Ferreiros. Graças à sua generosidade e persistência, foi das suas mãos que nasceu aquele espaço, hoje, procurado por inúmeras famílias e por muitos visitantes de longe.
“Este espaço para merendas tem muita procura nos meses de Verão e não há um fim-de-semana que não esteja ocupado”, diz António Guilherme Andrade. “Chegam a vir excursões de todo o país”, por isso a necessidade de manter o espaço “impecável”, o que exige a atenção contínua por parte da Junta de Freguesia que, na época de Verão, intensifica a limpeza e manutenção do espaço.
Segundo o autarca, este é um espaço de referência na freguesia, que é preciso preservar a todo o custo.
Catarina Cerca
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