A construção da nova sede da Junta de Freguesia de Vilarinho do Bairro acaba de entrar na recta final. A obra, que ascende a 160 mil euros, deverá ficar concluída dentro de meio ano, pois acaba de ser iniciada a segunda e última fase de construção. Começada em 2008, a primeira fase, correspondente ao alvoramento, ficou orçada em 40 mil euros. A obra integra três gabinetes, uma sala para serviços, e um auditório para 50 pessoas e irá dotar a freguesia de uma infra-estrutura há muito desejada.
Mário Heleno, autarca de Vilarinho do Bairro, garante que a obra avança a bom ritmo e que os prazos previstos para a conclusão devem ser cumpridos. Sem qualquer financiamento do Poder Central, este equipamento vem, segundo o autarca, dar resposta a uma grande carência. É que as actuais instalações da Junta de Freguesia já não respondem às necessidades da população.
Para o pagamento da obra, Mário Heleno sabe que irá contar com o apoio da autarquia anadiense, que deverá comparticipar a construção com 50 mil euros. E, se esta nova instalação vai albergar a Junta e Assembleia de Freguesia e Correios, o edifício primitivo irá também ser alvo de uma recuperação. Ali, diz Mário Heleno, ficará instalado o arquivo, assim como um espaço disponível para actividades tipo formação e sala de acesso à internet.
Carências graves. Mas, se a Junta está prestes a ter “nova” casa, Mário Heleno não esquece dois melhoramentos indispensáveis ao desenvolvimento da freguesia: o saneamento e a zona industrial. “Vilarinho não cresce e a freguesia está estagnada por não ter zona industrial”, diz, ciente de que esta seria um pólo de atracção para pequenas indústrias não poluentes que ajudariam a criar riqueza e a fazer crescer a freguesia. “Ajudaria, com certeza, a fixar mais gente à terra, a que se construíssem mais casas e a evitar a desertificação”. Quanto ao saneamento, o autarca lamenta o seu atraso (não passa dos 40% de cobertura) que resulta em prejuízos e atentados ambientais.
Tendo eleito o desenvolvimento paisagístico e ambiental como uma das suas prioridades, Mário Heleno reconhece que não pode fazer os melhoramentos desejados, sem que o saneamento esteja concluído: “sabemos que quando chove mais, há quem faça descargas de fossas para a via pública pois cheira mal, embora não consigamos localizar o infractor.” Situações que considera demasiado graves e que necessitam urgentemente de ser debeladas, com a conclusão das tão desejadas obras de saneamento básico, a cargo da Câmara Municipal.
Catarina Cerca
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