A Câmara Municipal de Oliveira do Bairro candidatou-se, pelo quarto ano consecutivo, ao programa Voluntariado Jovem para as Florestas, uma iniciativa promovida pelo IPJ e pela Autoridade Florestal Nacional. Um programa que pretende incentivar a participação juvenil no grande desafio que é a preservação da natureza e da floresta em particular, e reduzir, assim, o flagelo dos incêndios, através de acções de prevenção.
O município candidatou-se a 6 quinzenas de programa, mas dada a redução generalizada de candidaturas aprovadas neste programa a nível nacional, Oliveira do Bairro viu aprovadas penas 3 quinzenas de 4 voluntários cada. As inscrições para este verão já terminaram, o programa arrancou na última quinzena de Julho e vai decorrer até ao final do mês de Agosto.
Na primeira quinzena os jovens estiveram em acção nas freguesias de Oliveira do Bairro e Troviscal. Este mês os voluntários fazem vigilância e sensibilização nas freguesias da Palhaça, Oiã e Troviscal. Os 16 jovens, com idades entre os 18 e os 30 anos, frequentaram a formação a cargo do IPJ e a formação específica necessária a cargo da autarquia. Durante o período da participação neste programa recebem uma bolsa diária de 12 euros.
Experiência enriquecedora para quem participa
Para alguns esta não é a primeira vez que participam, como é o caso da Sónia Costa e do Ricardo Neves, dois jovens que já participaram neste programa e que confirmam que foi uma a experiência muito enriquecedora, ”Gostámos da experiência em 2008, ficámos a conhecer o concelho de outra forma, percorremos zonas que nunca conheceríamos de outra forma.” É com entusiasmo que explicam a importância que pode ter este voluntariado de verão: “na altura identificámos imensas lixeiras, um pouco por todo o lado, e que este ano tem vindo a ver muito menos lixo em locais indevidos, o que nos deixa satisfeitos porque os nossos registos podem ter ajudado nesta limpeza”. Quem está neste programa pela primeira vez, como é o caso da Marlene Costa e da Daiana Fazendeiro, duas jovens que participam nesta quinzena também, “aprendemos imenso, começando logo por saber manusear bem mapas. Claro que é cansativo e desgastante, sobretudo por causa do calor e das distâncias que vamos percorrendo todos os dias, mas é simultaneamente muito divertido porque sabemos que estamos a ajudar e gostamos sobretudo de interagir com as pessoas sensibilizando a população local a proibição de queimadas e para a necessária limpeza e manutenção dos espaços verdes.”
Neste programa os jovens circulam pelas várias áreas e desenvolvem actividades de vigilância de áreas florestais, dando prioridade às zonas envolventes dos aglomerados populacionais e zonas industriais; fazem a detecção de colunas de fumo, e, se possível, a identificação da sua origem (queima, queimada, fogueira ou incêndio) e preenchimento de um relatório de ocorrências; alerta para eventuais pistas, nomeadamente comportamentos estranhos da população (deposição de lixos e queima de restos de exploração florestal ou outros resíduos); e também investem na sensibilização da população local para com a distribuição de panfletos informativos e aviso aos munícipes da proibição de queimadas e para a necessária limpeza e manutenção dos parques de lazer.
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