A construção de uma Casa Mortuária na freguesia é, efectivamente, a obra que gostaria de realizar a breve trecho. A proposta já foi apresentada ao pároco da freguesia e à Diocese, estando, neste momento, o executivo a realizar esforços no sentido de adquirir um terreno junto à Igreja Matriz para implantação deste equipamento que deverá ter duas salas de velório, salas de estar, sanitários e cozinha.
Óscar Ventura reconhece que se trata de uma obra de vulto que precisa de apoios e só deverá avançar depois de concluída a obra de ampliação do cemitério iniciadas há dois anos. “Neste momento, falta fazer um aterro e fechar uma entrada na parte nova onde faltam fundações nas sepulturas, iluminação, arruamentos e água”.
Óscar Ventura espera ainda conseguir ver aprovada uma candidatura realizada, em parceria com a Câmara Municipal de Anadia, para a beneficiação e alcatroamento (numa faixa de três metros) de aproximadamente oito quilómetros de caminhos agrícolas: caminho da Manabela, que liga a povoação de Horta a Óis do Bairro e o caminho das Cardosas, que liga Horta às avenidas novas da Curia.
Uma outra carência de que fala prende-se com o estado actual do edifício da Junta de Freguesia e Posto Médico. O imóvel, inaugurado em 1993, começa a acusar o peso dos anos e a precisar de uma intervenção de fundo, por forma a colmatar as fissuras e rachadelas, mas também substituir toda a cobertura ainda em amianto.
“Chove no posto médico como na rua”, diz. Também a rede viária, à semelhança do que se passa no concelho, precisa de beneficiação urgente. Os exemplos mais flagrantes na freguesia são a estrada que liga Horta a Arinhos e a estrada que liga a Curia a Espairo. “Vias que sofreram obras de saneamento mas que precisam agora de repavimentação”, adianta.
O autarca fala ainda da necessidade de proceder à colocação de passadeiras elevadas na estrada de Horta-Curia, como forma de “travar” o excesso de velocidade de alguns automobilistas.
Embora faça um balanço positivo de quase um ano de mandato, diz que o executivo esteve empenhado, até ao momento, em equilibrar as finanças da Junta de Freguesia.
Com uma única fonte de rendimentos (cemitério) o executivo vê-se a braços com os gastos avultados na manutenção e limpeza da Curia.
A seu ver existem também carências ao nível de iluminação pública (Horta – Mata), assim como existe uma lacuna ao nível da sinalização rodoviária que é muito deficiente.
A limpeza dos contentores é também uma das queixas dos habitantes da freguesia. Como revelou, embora o lixo seja retirado, os contentores não são lavados o que causa um cheiro nauseabundo no seu interior. Por isso, defende que a Câmara deveria repensar e melhorar este serviço.
Reestruturação do núcleo urbano da Curia. A beneficiação está prevista e o autarca anseia que saía do papel. De qualquer forma recusa-se aceitar que a Curia tenha estagnado no tempo.
A seu ver o poder político deveria fazer parcerias com os privados, nomeadamente com os hotéis por forma a realizar uma obra de fundo no parque das termas, que embora privado, é uma das principais atracções desta estância termal mas que se encontra em muito mau estado de conservação.
“O parque deveria ser visitado por todos, ao longo do ano, de uma forma gratuita, mas precisa também de uma beneficiação profunda já que o lago está muito sujo e cheira mal”.
Óscar Ventura acredita que a recuperação deste espaço tornaria a estância termal ainda mais bela e atractiva à semelhança do que veio a acontecer com a entrada em funcionamento do golfe e da Rota da Bairrada que “vieram dar outro dinamismo”.
Catarina Cerca
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