O PCP de Aveiro afirma-se “a favor do investimento produtivo que crie e distribua riqueza no concelho e no País” e manifesta “inquietação” face à questão levantada com a suspensão da fábrica de baterias do grupo Renault/Nissan. Questiona a possibilidade de, no futuro, a CMA vir a envolver avultadas somas de dinheiros públicos neste projecto “por se tratar de dinheiros de uma autarquia endividada e em tempo de imposição de sacrifícios à generalidade da população”.
Questão levantada a propósito da redução da taxa urbanística relativa ao licenciamento de edificação da fábrica de alta tecnologia para automóveis eléctricos. A autarquia já disse que não irá devolver os 127 mil euros dessa redução mas o PCP questiona se a autarquia irá repor a taxa no seu valor inicial. Para o PCP “é inaceitável que a autarquia se proponha entregar dinheiro a projectos assumidamente periféricos e, por isso mesmo, com elevado risco de se tornarem inconsequentes, como é o caso deste, conforme o próprio fabricante reconhece”.
Momento que o PCP aproveita para questionar a deslocalização de “empresas multinacionais que beneficiaram de diversos apoios e fundos públicos no momento de se instalarem” e que quando encerram deixam “fábricas vazias, e o desemprego, e indo à procura de mais lucros noutras paragens” com os dinheiros públicos “chamados a amortecer as dolorosas consequências sociais criadas por estas empresas”. Um círculo vicioso que o PCP questiona. |