O Sindicato dos Trabalhadores do Porto de Aveiro desconfia de uma alegada descapitalização da Empresa de Trabalho Portuário e contesta o processo de insolvência. Eduardo Marques, Presidente do Sindicato, confirmou a convocação de greve para dia 24 de dezembro e contestou a insolvência da empresa de trabalho portuário. “Tem havido enércia, um assobiar para o lado, da administração portuária que tendo conhecido dessa situação desde 2009 não tem querido fazer observar a legislação. O ITM também se demarcou dessa responsabilidade. Quando se fala de viabilidade não se pode deixar de referir que há receitas que estão a ser retiradas da ETP”, dizia ontem o responsável pelo sindicato.
A utilização de mão-de-obra externa está a provocar mau-estar entre os trabalhadores que acusam as empresas accionistas de não procurarem a viabilização da ETP. “Por absurdo que seja temos duas associadas da ETP, Aveirport e Socarpor, que sonegam na ordem dos 180 mil euros/ ano de receita. De forma directa ou indirecta, a empresa iria facturar mais 180 mil euros. Se cada posto de trabalho que está ocupado por mão-de obra estranha ao sector, se tivesse um trabalhador portuário, teríamos essa receita. Por teimosia, interesses que nada têm a ver com a ETP, mas com interesses das empresas de estiva, têm obstaculizado a que a legalidade seja reposta”. |