"Mais um plano e orçamento irrealista, que não serve os interesses de Aveiro e continua a comprometer o futuro colectivo". A Concelhia do PS justifica assim o voto contra dos vereadores do partido no executivo. Razões vincadas hoje em conferência de imprensa. A situação financeira continua a degradar-se e mantém-se a aposta em projectos que os socialistas consideram questionáveis. A redução de 14 milhões de euros no orçamento de 2012, que se fica por 112 milhões euros, "é fantasiosa", diz o PS, "porque não tem correspondência na prática, limitando-se a um exercício de comparação entre orçamentos". "Por exemplo as receitas correntes de 2012 são de 63 milhões, cerca de 50 por cento a mais, como é que isto é possível", questionou José Costa, continuando, "nas receitas de capital, 2010 foi um ano excepcional, muito baixo, mas se formos a 2009 estamos a falar de 20 milhões, vamos passar para 48 milhões, como é isto possível numa conjuntura como a que atravessamos". O Vereador José Costa aponta outros números de receitas e despesas previstas que revelam uma preocupação da maioria de fugir à realidade. "A previsão das despesas correntes para este ano é de 49 milhões, em 2010 executaram 15,5 milhões e está previsto um montante de 62 milhões, portanto quatro vezes mais o que nem tem a ver com contenção nem com o respeito pelo equilíbrio e a consolidação financeiras na ambição de desenvolvimento, como eles dizem". Mais do que as grandes opções do plano que são traçadas a cada ano novo, os socialistas querem começar a fazer uma avaliação da prática da maioria PSD-CDS. O PS aponta como grandes falhanços da maioria a execução da Carta Educativa, "devido a opções erradas", e a indefinição em torno da MoveAveiro. Nas contas dos socialistas, por cada quatro obras prometidas pela coligação, apenas uma foi cumprida ao longo do mandato. |